terça-feira, 31 de janeiro de 2012
TANTRA não é Sexo
Por: Anand Milan
Ao longo de anos eu e minha Shakti Chandra Veeresha, saímos por ai em busca de respostas sobre o tão falado Tantra. Na verdade, não sei se o encontramos ou se ele nos encontrou, pois o mestre Osho diz que ´´O Tantra é para todos, mas poucos são para o Tantra´´, e isso é um fato.
Como uma sociedade repressora, anárquica e mal orientada sexualmente pode aceitar a Divindade do Tantra? Quase impossível.
Claro que ao longo de tantos anos pesquisando, fazendo cursos, tendo encontros com verdadeiros e supostos mestres tântricos, lendo e praticando, tivemos nossas dúvidas com relação aos apontamentos do Tantra. Mas foi nesse momento de dúvidas e incertezas no início de nossas buscas que o Tantra nasceu como uma fênix em nossos corações. Deixou de ser mais um caminho, para se transformar “ No Caminho”.
Já ouvi e li diversas explicações para o Tantra, mas nenhuma como essa que vem a seguir.
´´Tantra não é sexo! Visto por fora, pode parecer... Vivido por dentro: transforma... Tantra é aceitação! Tantra é fluidez! Tantra é expansão... Tantra é consciência. Tantra é meditação. Tantra é divino. Tantra é o caminho do fio da navalha. Tantra não é uma técnica. Tantra é entrega. Tantra é dissolução do ego. Tantra é envolvimento total. Tantra é o encontro de seres. Tantra abre o coração. Tantra é renovação. Tantra é revolução. Palavras não definem Tantra. Tantra é!...´´
(Bosco Carvalho - Blogueiro e Terapeuta Holístico)
É, o Bosco expressou o que sempre tentei expressar. Alcançou um ponto onde as palavras desapareceram e o Tantra nasceu.
Hoje em dia quando alguém resolve conhecer ou se aprofundar em Tantra, se depara com sites oferecendo múltiplos orgasmos, prazeres sem limites, fotos de mulheres nuas, homens exibicionistas e até mesmo prostituição. É claro que para uma pessoa séria e dedicada isso é desanimador. De imediato a pessoa leva um tremendo susto, pois não sabe exatamente a quem recorrer, a quem ouvir e o que ler. Os questionamentos básicos são: Mas Tantra é isso?, Tantra é putaria? Como encontrar alguém que possa me orientar de verdade? Como encontrar uma pessoa que possa me fazer uma massagem de verdade?
Compreendo perfeitamente as dúvidas e os questionamentos de cada pessoa. Afinal se Tantra é só isso, melhor continuar como o NORMALZINHO de sempre. Melhor e mais aconselhável, ficar no “Papai e Mamãe”.
Mas não. Tantra não é nada disso. Pelo fato de vivermos numa sociedade masculinizada, patriarcal, repressora e totalmente individualista, o Tantra tem sido mostrado dessa forma por pessoas que só querem satisfazer seus desejos pessoais, levando a filosofia e cultura Tântrica ao fundo do poço; ao lodo; ao lixo.
Tanto eu como a Chandra passamos anos pesquisando, estudando e praticando o Tantra para tirarmos nossas conclusões, mas hoje com o acesso rápido a informações virtuais e a capacidade de divulgação em massa de “lixos pseudo terapêuticos”, a maioria das pessoas não se dão a oportunidade de estarem presentes; de ouvir e ai sim tirar as suas próprias conclusões.
Uma vez um aluno me disse: ´´Se eu aprendi errado é porque tive maus orientadores.” Ele pode estar certo, mas também completamente equivocado no que diz.
E se ele participou dos cursos e ouviu o que quis ouvir, fez o que teve vontade de fazer, se ele não se dedicou aos estudos, se ele nunca esteve presente, então quem é que perdeu o fio da meada?
Realizamos uma turma por ano de Terapeutas Tântricos com o objetivo de espalhar amor, de mostrar o verdadeiro significado do Tantra, de expandir essa cultura maravilhosa e tão rica em amor. Mas jamais podemos dizer às pessoas que concluem o curso o que elas devem ou não fazer.
O que se pode fazer se ao sair de um curso de 9 (nove) meses, com orientações, vivências, leituras, práticas e meditações, os alunos resolverem por conta própria seguirem suas vidas com valores totalmente diferentes dos apontados?
Cada pessoa faz a sua escolha, cada um sabe até onde pode ir. Não aprisionamos pessoas, libertamos elas de seus pré conceitos sociais, de suas dores internas, fazemos de tudo para mostrar o sol a cada um que aqui passa. Mas para muita gente, é melhor deixar as coisas como estão. A mente e o ego não precisam sair do controle, basta acrescentar algumas novidades do Tantra aos velhos padrões, pegar só o que lhe parece interessante, colocar no liquidificador e pronto, o que sai de lá é a famosa MASTURBAÇÃO MENTAL. O fato é que ao conhecer a liberdade que o Tantra oferece, muita gente prefere continuar no conforto da gaiola!
Portanto que fique bem claro que o Tantra é LIBERTAÇÃO e não aprisionamento, É AMOR e não apego, É VIVER e não se matar, É PAZ e não Guerra, É UNIÃO e BEM AVENTURANÇA. TANTRA É TER ´´COR´´AGEM PARA SER FELIZ.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
MASSAGEM TANTRICA ATENDIMENTO
O que é?
A Massagem Tântrica é uma técnica maravilhosa que veio da Índia com o objetivo de equilibrar a sexualidade e despertar a consciência, através do toque.
Nossa proposta é que voce se descubra mais leve, mais vivo, mais sensível. Para isso, o corpo é utilizado como ferramenta de autoconhecimento. Seu corpo é um templo sagrado. Templo por onde passa o prazer físico e energético.
Através dos toques suaves e deslizantes desta massagem, voce vai se redescobrir. Sentir-se desperto. Sem, bloqueios emocionais e mental e claro, com mais vitalidade para viver os prazeres que a vida oferece.
O Tantra é uma filosofia de vida. Sua massagem visa mostrar que seu corpo é um veículo sem fronteiras onde vive o profano e o divino, difundindo-se um no outro sem qualquer receio...
Somente as mãos são utilizadas, acompanhadas de um óleo natural e sem cheiro que permite o deslizamento das mãos.
Trabalha-se ainda todos os centros energéticos (chakras) que possibilitam melhora em vários aspectos da vida como sexualidade, amorosidade, equilíbrio mental, diminuição da ansiedade, desbloqueios emocionais, além de tratar distúrbios como impotência, ejaculação precoce e problemas de ereção em geral.
Através das manobras da Massagem Tântrica a energia sexual(Kundalini) é levada à centros superiores da Consciência. Nesta técnica de Massagem, todo o corpo é tocado e massageado por inteiro, levando em conta que o Tantra é uma ciência libertária.
O orgasmo focado nos genitais, não é o foco desta massagem!!!
Benefícios da Massagem Tantrica::
- Sensações de outros tipos de prazer, além do físico;
- Aumenta a Consciência Corporal;
- Aceitação do corpo;
- Trata os distúrbios relacionados à sexualidade (Impotência, Ejaculação precoce, Sexolatria, etc);
- Previne doenças da próstata;
- Aumento da flexibilidade física e mental;
- Disposição física, Motivação e Concentração;
- Previne e trata desequilíbrios emocionais, físicos, mentais e espirituais;
Na Massagem Tântrica, você se descobre mais saudável, sensual e cheio de vida.
Como funciona o Atendimento com Chandra Veeresha?
O atendimento deve ser agendado por telefone. Sua duração é de aproximadamente 1 h e meia, e todo o procedimento é realizado em meu Espaço Terapêutico em Mogi das Cruzes (Templo da Lua Centro de Terapia Integrada), numa ambientação indiana, com aromas e velas. O local possui estacionamento e é muito confortável.
Para o atendimento não é preciso trazer nada. O homem pode ser atendido nu, de cueca ou sunga. Isso fica á seu critério. E a mulher, a mesma coisa. Claro que eu jamais fico nua, levando em consideração que este é um atendimento terapêutico, como todos os outros que realizo, mas a roupa leve é necessária, pois a massagem é feita no chão, em colchonetes específicos, tendo um certo contato corporal (e o uso de muita roupa atrapalharia).
Atendo também com outras massagens tantricas (Lingam, Yoni, Massagem Tantrica à quatro mãos, Massagem tantrica para casal, Ritual tantrico para homens e mulheres), tendo sempre em vista o seu bem estar.
Para agendar um horário: (11) 3427-3659
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
O que é Tantra?
Tantra- Você não sabe o que está perdendo
Antes de definir o Tantra, vou explicar o que não é e, quem sabe, quebrar crenças e paradigmas que você possa ter em relação ao mesmo. Muito que se ouve, fala e escreve sobre tantrismo são distorções da essência dessa filosofia. Em geral, as abordagens são parciais, errôneas e delirantes, restritas somente ao aspecto sexual.
Tantra não é somente sexo, não é kama-sutra, nem um místico prometendo orgasmo cósmico ou uma suposta ´´casa de massagens´´ ou grupos de sexo grupal. Não é tara ou desvios sexuais.
Talvez somente algo em torno de 5% de todos esses textos e ensinamentos tantricos é de contexto sexual.
O tantrismo não é seita ou religião, apesar de estreitar as relações entre o homem e os aspectos sutis do universo. Não é magia, apesar de possuir rituais mágicos, e não possui nenhuma prática de sacramentos maléficos. Apesar de o mestre Osho sita-lo muito, este hindu Iluminado, no final de sua visita nesse Planeta, apontava muito mais na direção do Zen do que do Tantra.
Tantrik ou Tantra é uma filosofia antiguíssima, originaria da Índia e que busca o reconhecimento doPurusha(consciência, espírito) através de métodos práticos e técnicos, como posturas físicas (Asanas e Yoga), respirações, concentrações, cuidados com a alimentação e um universo de técnicas que se utiliza da vida como um todo de forma prazerosa e libertária. É a união de Purusha com Prakriti (matéria).
Como filosofia de vida prática e não especulativa não há energia gasta no ´´por quê´´ das coisas e sim no´´como´´; um exemplo é em vez de se preocupar com o por quê do sofrimento, se busca o como ser feliz, daí o Tantra é conhecido como uma filosofia comportamental que o estimula a saber quem você é, como ser feliz, livre, energético e, dentro do possível, auto-suficiente. Encontramos várias linhas de yoga e várias escolas filosóficas comportamentais de origem tântrica.
O praticante de Tantra é chamado de sádhaka (homem) e sádhika (mulher) ou tântrico (ambos) e buscam um modo de vida que oferece a transcendência, a iluminação (realização), pela alegria, arte e celebração. Que sacraliza tudo da existência: homens, animais, natureza, dança, música, alimentos, perfumes, ciclos naturais, coisas simples do cotidiano e também o sexo, que tem como base a vitalidade do prazer, da brincadeira e do compartilhar. O sexo que leva ao carinho, à amorosidade, ao amor universal expresso no companheiro(a); o sexo que leva à integração homem (shiva) – mulher (shakti), yin (energia feminina) – yang (energia masculina); sol/lua; corpo/mente; pênis (lingam) – vagina (yoni), que leva ao samadhi (Iluminação).
O Tantra aponta na direção a tudo o que é natural no ser humano, o contato com a natureza, a descoberta do seu ser por meio do amor e do respeito ao próximo, a exaltação do companheiro em nivel de Deus/Deusa, tudo com a maior naturalidade e desprendimento sem tabus ou regras.
A palavra Tantra tem a sua magia, ela instiga a imaginação do leitor, porque permanece guardada num arquivo de memória de milênios, assim é o mantram (som metafísico, palavra de poder) a qual muitas pessoas, ao ouvir a sua pronuncia sentem vibrar seu inconsciente coletivo, despertando o interesse por esse assunto.
O termo Tantra vem do sânscrito, é uma palavra do gênero masculino e significa ´´ teia´´, crescer, desenvolver(prefixo Tan), salvação, instrumento (sufixo Tra), origina-se dos termos tanoti (elevação, expansão) e trayati(consciência). É aquilo que expande a consciência.
Não é possível determinar a época exata em que a palavra Tantra começou a ser usada ou narrar a sua precisão com que se descreve a trajetória de outras culturas. Isso porque os caminhos e práticas tantricas são transmitidos oralmente, de mestre para discípulo, Gupta Vidya (conhecimentos secretos) transmitido pelo sistema de Paranpará que significa ´´um após o outro´´. Além disso, sempre existiu uma tradição em se manter sigilo sobre alguns ensinamentos, passando-os somente a alguns discípulos realmente interessados, provavelmente, para que eles não caiam em mãos profanas que possam desvirtuá-los. É o que o iluminado Jesus ensinava: ´´ Não dê perolas aos porcos´´.
Texto extraído do livro Maithuna – Sexo Tântrico
(Otávio Leal )
Tantra = Sexo?
Por: Pedro Kupfer
Extraído do site www.yogapro.com.br
Algumas pessoas têm me procurado através deste site solicitando informações sobre 'aulas de Tantra'. Como não sei exatamente o que elas entendem por Tantra, fico me perguntando como poderia ajudá-las a encontrar o que buscam, ou a evitar as armadilhas em que se arriscam a cair.
Para começar, vamos dizer o que o Tantra não é. Tantra não é um guru mequetrefe prometendo orgasmos múltiplos e iluminação e cobrando mundos e fundos por isso. Tantra não é uma prostituta com nome de deusa oferecendo seus serviços na internet. Tantra não é um grupo de alienados carentes se excitando e alisando em nome da hiperconsciência. Tantra não é sacanagem, nem infidelidade institucionalizada. Tantra não tem nada a ver com "soltar a franga". Tantra não é tara.
Aquilo que os clones tupiniquins de Osho chamam de Tantra, não é o Tantra (por favor, veja o esclarecimento no fim deste texto, antes de se ofender e interromper a leitura. Obrigado!). Os cursos de Tantra associados à sensualidade, técnicas sexuais e promessas de iluminação através da excitação sexual têm como objetivo sustentar a forma de vida de certos autodenominados 'mestres', que buscam satisfazer seus próprios desvios sexuais e desejos de manipular pessoas, ganhando um dinheirinho de quebra.
Então, o que significa essa palavrinha de seis letras? Tantra é o nome de um vasto leque de ensinamentos práticos que têm como objetivo expandir a consciência e libertar a energia primal do ser humano, chamada kundalini. O princípio comum a todos os caminhos práticos de Tantra é que as experiências do mundo material podem usar-se como alavanca para conquistar a iluminação, já que este é a manifestação de uma outra realidade, sutil e superior, que está conectada com a nossa própria natureza.
Nesse contexto, a visão do Tantra associada ao êxtase sexual é pateticamente superficial e parcial, se comparada com a verdadeira tradição. O Tantra não é hedonista nem orgiástico. O objetivo do Tantra é o despertar da força potencial no homem.
Um colega, professor de Yoga, comentou recentemente que apenas 10% dos textos tântricos tratariam sobre sexo. Pessoalmente, acho esse número demasiado elevado. Dos muitos shastras que consegui garimpar na Índia, em sânscrito e em inglês, não têm sequer um que trate em detalhe da sexualidade. Algumas técnicas sexuais, como a reabsorção seminal após a ejaculação (vajroli), se descrevem, por exemplo, na Hatha Yoga Pradípika.
A única obra hindu que conheço que trata explicitamente sobre sexualidade, e como aumentar a performance na cama, é o Kama Sutra, que não é um shastra tântrico e que, por sinal, fala muito mais sobre ética do que você poderia pensar sem ter a obra em mãos (1).
Embora existam diversas vertentes dessa tradição, todas têm o mesmo objetivo e usam as mesmas ferramentas para atingi-lo: mantras (sons de poder), yantras e mandalas (diagramas sagrados sobre os quais se exerce a concentração), chakras (centros da força vital), práticas de iniciação e purificação e um sistema ético que une e protege o grupo de praticantes. Essa lista de práticas é incompleta, pois os métodos dessa tradição incluem um espectro muito amplo de crenças e técnicas.
Tantra significa literalmente tecido, urdidura; pode ser traduzido como 'espargir o conhecimento' ou 'a maneira certa de se fazer qualquer coisa', tratado, autoridade, estender, multiplicar, continuar.
Também designa o encordoamento do sitar ou outro instrumento musical. É o nome de um movimento filosófico que compartilha suas principais premissas com a filosofia do Yoga, herança e patrimônio da cultura dos rios Indus e Sarasvati. O culto da Grande Mãe está presente na Índia desde o neolítico (8000 a.C.), mas os mesmos símbolos que o tantrismo utiliza hoje remontam ao paleolítico (20000 a.C.) e estiveram sempre presentes ao longo do continente eurasiano.
O Tantra assimilou e organizou os rituais da Magna Mater, transformando-os num método de emancipação que busca na psique humana a manifestação da própria força da Shakti. Esse movimento teve uma forte influência sobre a religião, a ética, a arte e a literatura indianas, havendo ressurgido com inusitada força entre 400 e 600 d.C., quando chegou a transformar-se numa moda que acabou por influenciar nos modos de pensar e agir da sociedade indiana medieval. Aqui ela se afirma, populariza e estende ainda mais, dando origem a um grande número de correntes e manifestações filosóficas, religiosas, mágicas e artísticas, algumas antagônicas.
"Não se trata de uma religião nova, senão de uma nova caracterização de fatos que pertencem ao hinduísmo comum, mas que, às vezes, só se apresentam precisamente em suas formas tântricas. Percebe-se o selo do tantrismo na mitologia e na cosmogonia, mas, principalmente, no ritual. O gérmen se remonta com freqüência aos Vedas, especialmente ao Atharva Veda, que pode considerar-se um hinário pré-tântrico." Jean Renou, El Hinduismo, p. 89.
O Tantra não pertence à tradição ortodoxa hindu, já que não existe um darshana com esse nome. Sua visão do mundo é herança e síntese da Índia aborígene e da Índia vêdica, muito mais antigas do que imaginaram os estudiosos ocidentais do século XIX. É uma forma de ver a vida e cada um de seus aspectos.
Há diferentes linhas do tantrismo: o Dakshinachara, linha da 'mão direita', ou de tantrismo branco, se justapõe, através dos 'rituais de compensação', ao Vámachara, corrente da 'mão esquerda', do tantrismo negro, corrente na qual se destaca a escola Kaula, fundada por Matsyedranatha por volta de 900 d.C.
O tantrismo negro se caracteriza pelos rituais de transgressão, como o pañchamakara (os cinco m), no qual o praticante utiliza a ingestão de bebidas embriagantes, carnes e o coito ritual como meios de chegar à sacralidade. Podemos identificar alguns desses rasgos no Rig Veda, nas libações ceremoniais do soma e nos rituais sexuais. No ritual de compensação do Dakshinachara, o vinho é substituído por água, a carne por coco seco, o coito pelo culto da Shakti, etc.
O Yogini Tantra (V:14) diz:
"Madya, o vinho, é o conhecimento intoxicante do Parabrahman adquirido através do Yoga, que isola o praticante do mundo exterior. Mamsa não é a carne, mas o gesto em que o sadhaka consagra todos seus atos à Shaktí. Matsya, o peixe, é o conhecimento sáttvico pelo qual o adorador sente compaixão pelo prazer e a dor de todos os seres. Mudra, o cereal tostado, simboliza a renúncia a todas as formas do mal, que conduzem a novos condicionamentos. Maithuna é a união da kundalini shakti com Shiva no corpo do adorador."
Um dos artigos de fé do povo vêdico era, portanto, que a união sexual conduzia à bem-aventurança do além e devia cumprir-se com verdadeiro espírito religioso para assegurar o bem-estar espiritual, censurando-se severamente a lascívia." S. B. Lal Mukherjí, ensaio em Shakti y Shakta, de Sir John Woodroffe, p. 83.
A visão cosmogônica do Tantra, com suas perguntas essenciais, evidencia uma atitude especulativa sobre a antropogênese que a vincula ao Samkhya. A cosmogonia se caracteriza pela união dos opostos: isto é, se trata de uma coincidentia oppositorum, conjunção dos opostos que se complementam. Essa idéia não é original do Tantra: existiu em outras cosmovisões ao longo da história da Humanidade; mas o tantrismo recupera para si esse princípio, muito mais antigo que ele próprio.
Esses dois princípios em coincidentia oppositorum são Shiva e Shakti. Os rishis, sábios ascetas do alvorecer do pensamento hindu, chamaram Brahman ou Shiva o princípio primordial. Tudo existe em função dele, tudo é reflexo e evidência da sua realidade. Não há noção de criação do mundo nem há Deus: no plano macrocósmico, Shiva é, parafraseando Aristóteles, o motor imóvel do mundo. É o Princípio Imutável e Eterno, nem ativo nem criador. Ele não faz nada: apenas é. Sua manifestação é Shakti, palavra que significa energia e, por extensão, esposa. Shakti é a Prakriti, a Natureza do Samkhya, a energia criadora que provoca a manifestação do Universo.
Shiva é inabalável: a ele pertencem o Ser e a Consciência; à Shakti correspondem o movimento, a mutabilidade e a geração. Esses dois princípios se representam na iconografia do tantrismo unidos no viparíta maithuna: Shiva aparece deitado ou sentado, imóvel, enquanto Shakti está sempre sobre ele, ativa no ato da manifestação.
Esse modo de pensamento não é religioso, dogmático ou doutrinário, mas estritamente especulativo. Dessa maneira, o Tantra, assim como o Samkhya, se aparta de outras visões que incluem os conceitos de criação, divindade, origem do mundo, et coetera.
Contudo, o Tantra possui uma certa semelhança com algumas formas de panteísmo: O que está aqui, está em toda parte; o que não está aqui, não está em parte alguma (2). Daí provém o culto à Natureza e à feminilidade. Para o Tantra, o mundo tangível é bem real: ilusório é pensar que o Ser (Shiva) intervenha ativamente no Universo manifestado.
Agora, vamos falar um pouco sobre a parte do Tantra que se ocupa do sexo ritual. A incompreensão do Tantra e o simbolismo que o transmite colaborou para considerá-lo repulsivo, vergonhoso e digno de escárnio. A preocupação daquele que condena o Tantra é fruto da sua própria obsessão com a questão sexual, que o leva a querer coartar a liberdade dos demais. Nesse sentido, o tantrismo é totalmente natural, e a sua abordagem do sexo não é patológica, mas absolutamente sadia, de uma espontaneidade difícil de aceitar para os padrões da 'decência' cristã.
Maithuna, o ritual sexual, não tem nada a ver com pornografia ou licenciosidade, muito pelo contrário, é um instrumento que revela a dimensão divinal da natureza humana. Entretanto, nos últimos tempos, têm surgido mestres inescrupulosos que vendem sexo como se fosse superconsciência, o que acaba por divulgar e tornar conhecidas no Ocidente unicamente as formas mais vulgares e degradadas do Tantra.
"O maithuna é a técnica tântrica que mais fascina os ocidentais, que com demasiada freqüência confundem-na com uma indulgência para com os apetites sexuais, em vez de vê-la como meio para dominá-los." Daniel Goleman, A Mente Meditativa, p. 98.
Enquanto alguns buscam a elevação através da repressão ou da eliminação do desejo sexual e suas raízes (samskaras), para o tantrismo a sua utilização é condição básica. O homem deve evoluir executando as mesmas ações que causam a sua perdição. Assim, afirma o Kularnava Tantra:
Quando caímos no chão, é com o auxílio do chão que nos levantamos.
"Pelo próprio fato de não se tratar de um ato profano, mas de um rito, no qual os participantes não são mais seres humanos senão que estão 'desprendidos', como deuses, a união sexual não participa mais do nível kármico. Os textos tântricos repetem com freqüência o adágio: 'pelos mesmos atos que fazem com que muitos homens se queimem no inferno durante milhões de anos, o yogin obtém a salvação eterna'. (...) O jogo erótico se realiza num plano transfisiológico, porque nunca tem fim. Durante o maithuna, o yogin e sua náyiká (4) incorporam uma 'condição divina', no sentido de que não somente experimentam a beatitude, senão que podem contemplar diretamente a realidade última." Mircéa Éliade, El Yoga. Inmortalidad y Libertad, pp. 194, 197.
Um esclarecimento a eventuais leitores desatentos: quando escrevo "clones tupiniquins de Osho", não estou, de maneira alguma, querendo ofender Osho ou seus discípulos. Um clone é uma cópia. No dicionário encontramos a seguinte definição de clone. É "o que aparenta ser a cópia de uma forma original". Tupiniquim, ainda segundo o dicionário, significa "indígena pertencente ao grupo dos tupiniquins. Uso: informal, jocoso ou pejorativo". Um "clone tupiniquim", portanto, é um imitador que não chega aos pés do original; uma cópia malfeita, chinfrin, um imitador barato, um auto-didata aspirante a "mestre" de sexo tântrico. Conheço algumas pessoas desse naipe que, por exemplo, promovem cursos de "nudismo consciente" e outras palhaçadas. Minhas desculpas se o tom de algumas seções deste texto ofende pessoas que consideram que o Tantra seja mesmo uma terapia sexual. Na dúvida, perguntem ao Dalai Lama, um tântrico da melhor estirpe. Namastê!
Massagem Tântrica- Terapia ou Pornografia?
Massagem Tântrica: Terapia, Sensualidade ou Pornografia?
Por: Chandra Veresha & Anand Milan
A Massagem Tântrica faz parte da Medicina Integral Indiana, sendo utilizada principalmente para prevenir ou tratar distúrbios da sexualidade. O corpo todo deve ser tocado e massageado por inteiro, cada parte com a mesma devoção. Aquele que recebe esta massagem é levado a um tipo de prazer muito mais energético do que físico, aceitando melhor o próprio corpo e aprendendo a se enxergar como divino. Como “braço” do Tantra, o autoconhecimento é inevitável, além da quebra de conceitos ligados à sexualidade.
A humanidade tem usado a sexualidade de forma doentia, graças há milênios de pura repressão.
Por outro lado, o Tantra não é indulgente com o sexo. O Tantra só nos diz para que comecemos de onde estamos. Se o sexo é uma prisão, ele vai deixar de ser no momento em que voce começa a perceber isso. E a Massagem Tântrica tem um papel importante para esta percepção. É aí que entram os Terapeutas e Massoterapeutas Tântricos. Nosso compromisso espiritual é o de auxiliar cada cliente nesta autodescoberta.
O sexo tornou-se uma doença e hoje existem inúmeras disfunções e distúrbios relacionados a ele. Se forem tratados, os resultados são excepcionais tanto para o cliente quanto para os que convivem com ele. A pessoa se torna mais solta, viva e amorosa. É assim que alguém que recebe uma Massagem Tântrica como forma de Terapia, fica: Desperto e Consciente. E é assim que a Massagem Tântrica deve ser utilizada. Para auxiliar as pessoas a se autocurarem!
É inevitável deixar de falar do aspecto sensual desta fabulosa massagem. Acontece que assim como cegos não podem guiar cegos, doentes não curam doentes. O (a) terapeuta antes de tudo deve estar em paz com sua sexualidade, de forma que ao entrar em contato com o corpo do (a) cliente, consiga vê-lo como a própria divindade à sua frente, independente da sua beleza física.
Sensualidade e pornografia são coisas absolutamente distintas. Sinto-me envergonhada quando um cliente em potencial me pergunta se eu (também) faço programa. Isso é lamentável.
Lamento por ele e pelas pessoas que se prestam a isso utilizando o nome do Tantra e da Massagem Tântrica para outros fins doentios, afinal, os desavisados satisfazem seus prazeres e ainda pagam por isso!
São esses pseudotântricos que precisam de tratamento. De um tratamento de choque!
Quero mais é que o Tantra se propague, mas de forma responsável. Cansei de me calar ao ver espaços que se denominam “terapêuticos” oferecerem corpos das terapeutas como se fossem carne à exposição! (Basta digitar Massagem Tântrica no Google e ir em imagens e voce verá com seus próprios olhos).
Hoje mesma vi num site com nome bastante sugestivo, fotos das “terapeutas” de lingerie vermelha, com cinta liga e outros absurdos!
Uma coisa é voce utilizar a Massagem Tântrica com seu parceiro. Se este é o objetivo, tem mais é que abusar dos estímulos mesmo, tal como falo nos cursos de Arte Sensual Tântrica que dou. É outro foco. Não se trata de um curso para terapeutas. Outra coisa é chamar isso de atendimento terapêutico.
Só me falta saber que antes de uma massagem nestes espaços, “terapeuta” e cliente assistem juntos um filmezinho pornô! Não falta mais nada!
Quanta miséria. Miséria de espírito!
Sensualidade é uma coisa natural, que nós trazemos de dentro para fora. Uma pessoa (homem ou mulher) que é naturalmente sensual é linda. É carismática. Atrai as pessoas sem esforço.
Pornografia é uma coisa feia e nada tem a ver com Tantra. Liberdade não é nem nunca foi o mesmo que libertinagem!
E é graças a pessoas assim, terapeutas ou não, que o Planeta está como está, com tantas catástrofes, estupros, pedofilia, sexolatria (vício em sexo), traições, mentiras etc. E são essas mesmas pessoas que ao invés de cuidar da sua energia pessoal (meditar, praticar yoga, artes marciais, etc) e estudar mais, limitam-se a copiar propostas de cursos e atendimentos de pessoas que trabalham sério para oferecer seu melhor enquanto terapeutas. Se meditassem ao menos um pouquinho, teriam energia criativa de sobra para melhorar suas vidas e a vida de quem os procura. Afinal, este é o compromisso do terapeuta. Tornar melhor e mais feliz a vida alheia, sem jamais, se abandonar.
Utilizar a energia sexual de forma irresponsável é muito pior do que jogar toneladas de lixos tóxicos nos rios. Quem desconhece as energias, é incapaz de imaginar!
Outro dia, conversando com uma dessas Terapeutas Tântricas, perguntei se ela praticava o que ensinava com seu parceiro, e a resposta foi a imaginada: ´´Não. Ele nem se quer gosta dessas coisas. Com ele nem se quer tenho abertura para praticas tântricas.´´ E então eu insisti e perguntei: Voce então pratica com outra pessoa né?. E ela disse: ´´Também não, na verdade nunca pratiquei nada do que ensino. Bem que eu gostaria, mais tem as crianças, o marido, e o trabalho, ai nem me sobra tempo. Além do mais,meu marido nem sabe direito como é meu trabalho, pois ele é super ciumento.”
Quase cai de costas na cadeira. Uma pessoa que ensina Tantra há anos para as pessoas, tem espaço, faz divulgação e nem se quer sabe o que pode acontecer (porque nunca pratca) quando alguém faz determinada prática? Que absurdo!Fiquei desnorteada!
Mas ela é o inicio do fio; é o começo de uma Teia quebrada; suja; apodrecida e abandonada. Dos espaços que aparecem na primeira página de pesquisas do Google sobre Massagem Tântrica, 90% é enganação, manipulação mental, sexo fácil e prostituição.
5% são lugares sérios, com pessoas competentes, e os outros 5%, são pessoas que ainda não se decidiram se vão aqui ou ali: se sobem ou descem do muro.
Então, o Tantra que é um remédio tem se tornado um veneno. É por isso que tradicionalmente ele só é transmitido na íntegra, para iniciados.
E é por isso que hoje, me limito a falar sobre Tantra somente nos meus cursos e textos. Aquele que busca algo realmente transcendental, vai até a fonte. Estou certa disso!
Não se trata de egoísmo, mas de “não jogar pérolas aos porcos!”
Fico triste por essas pessoas. Mas continuo fazendo meu trabalho, ao lado do meu companheiro Anand Milan, com o mesmo carinho de quando iniciamos. Continuamos aqui, no nosso “galho”, fazendo nossos atendimentos, dando nossos cursos e eventos com a mesma garra e disposição. Sempre expressamos nossas opiniões e nos posicionamos em relação a tudo e esse é um assunto que estava mais do que na hora de ser expresso, afinal, calar-se neste caso, seria o mesmo que consentir com tanta sujeira!
Mas como confio de olhos fechados no Universo, jamais farei qualquer coisa para agredir essas pessoas, até porque ahinsa (não violência) é um princípio tântrico e esta é somente a minha percepção em relação ao que tenho observado. Mas espero contribuir através também dos textos que escrevo para que todos reflitam. No mais, só me resta vibrar para que ao acordarem, tenham força para apoiar as mãos no chão e se levantar.
Om Loká Samastha Sukino Bhavantu (Que todos os seres sejam felizes)!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Relacionamento - O Fardo das Promessas
Por: Chandra Veeresha
Sempre que uma relação amorosa se inicia, é mágico. Aquele “friozinho’ na barriga, sentir as mãos suando e as pernas tremendo, torna-se uma sensação de muito prazer.
Olhos nos olhos. Mãos que apertam mãos...
O casal apaixonado é capaz de se transportar ao “paraíso das ilusões” em milésimos de segundos. É tudo fascinante e perfeito. O primeiro beijo então, faz tocar sinos dentro de seus corações.
A relação inicia-se na liberdade, o que significa que inexiste um compromisso entre os amantes. Juntos, compartilham. Separados, sonham...
A paixão vai se apossando de cada célula do corpo e quando se percebe algo mais profundo está surgindo: o namoro.
Namorar é interessante, pois é quando o casal adentra nos mistérios um do outro, conhece seus gostos musicais, comida preferida, vocações e também a família. E é muito bom conhecer o outro, porque ele sempre mostra um pouquinho de nós mesmos!
No entanto, é também no namoro que o medo aparece. O medo de perder; ser enganado; não dar conta...
E com todos esses medos, o ciúme penetra a relação e corta seus corações como uma foice.
Tem sempre um mais ciumento que outro. Então, aquele que se tornou o “alvo do ciúme” faz milhões de promessas, a fim de passar segurança. Promessas quem bem lá no fundo, sabe que não poderá cumprir. Mas é melhor mentir que correr o risco de que o relacionamento chegue ao fim. As promessas são a valorização do medo.
E assim vão levando, acostumando-se a prometer e a ouvir promessas.
Quando um não cumpre o que disse (o que facilmente acontece), as brigas e discussões abalam o relacionamento. Mas o casal perdoa, chora e recomeça.
Até que chega o casamento.
Na minha visão, é preciso muita maturidade e convicção para “juntar os trapinhos”. E mais que isso. É preciso que haja muita sinceridade. Mas como um relacionamento baseado em mentiras, desconfianças, insegurança e ciúme chegam ao casamento?
O casamento é a “falsa segurança” que se tem de que o outro vai mudar; de que poderá moldá-lo á sua maneira, controla seus passos e quem sabe até, tornar o parceiro submisso.
No modelo tradicional de casamento (o cristão), o padre pergunta:
_ Prometm ficar juntos na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-se e respeitando por todos os dias de suas vidas?
E os noivos dizem: - Sim1
E ele continua: - Prometem ser fiéis até que a morte os separe?
E eles respondem: - Sim!
Acredito que na maioria das vezes, esta é mesmo a vontade do casal, entretanto, a vida é uma caixinha de surpresas!
Todos os dias conhecemos novas pessoas e nos relacionamos com elas de alguma forma. Também conhecemos melhor nossos parceiros, no dia- a- dia e a nós mesmos.
Como prever que este casamento será para sempre?Como assegurar que nunca mais seremos capazes de amar outras pessoas? Como ter a certeza que jamais surgirá outro alguém que tocará os sininhos do nosso coração, já que mesmo depois de casados, continuamos vivos?
Impossível. Então, com o tempo, todas as promessas tornam-se um fardo difícil de carregar.
A mulher quer proibir o homem de fazer o que ele gosta e o homem, faz a mesma coisa. Futebol nem pensar. Diz a mulher.
E o homem em contrapartida responde:- Não quero você na casa de amigas solteiras.
Pronto! Está lançada a rede das chantagens onde quem cair primeiro se sentirá cada vez mais para baixo e infeliz, podendo inclusive, desenvolver algum quadro de ansiedade ou depressão. E o parceiro, desenvolverá a culpa.
Sou a favor de um tipo de relação que respeite as individualidades, mas isso deve começar do namoro.
Existem experiências para se passar juntas e outras, não. E ninguém pode nos privar de uma experiência que nos fará crescer. Por isso, seja sempre sincero, apesar de todas as conseqüências. Se tiver algo que considera importante falar sobre você, fale o quanto antes. Entre com poucas máscaras na relação. Evite as promessas e permita que o amor flua e seja eterno enquanto durar.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Sexo Tântrico- A arte de amar
Por: Anand Milan
Escolhi falar desse assunto que na atualidade é um dos temas mais procurados por leitores de todo o país. Em busca de um sexo mais prazeroso e de alavancar o relacionamento, o Sexo Tântrico (Maithuna) acaba se tornando um grande atrativo nas mãos de pessoas incoerentes e aproveitadoras.
O Objetivo aqui é levar a você leitor, um pouco mais de informação e orientação para que não se entregue a orientações muitas vezes incompletas e absurdas.
´´A grande parte das abordagens feitas em torno do Tantra, são em sua maioria errôneas e totalmente delirantes, feitas por pessoas que quase nunca praticaram Tantra´´. (Anand Milan)
Qual a essência do Tantra? De Onde vem o Sexo Tântrico? Como tantas conclusões sem fundamentos chegaram nas mãos dos Ocidentais?
Uma vez ouvi um monge budista dizer que quase tudo que chega no Ocidente é destruído em segundo. Com certeza assino em baixo suas palavras.
Você já percebeu como o Tantra está difundido no Ocidente? O quanto as pessoas estão mais interessadas por ele? Na verdade não é bem em tantra que elas se interessam, a grande maioria quer ir para os “finalmentes”. Para o Sexo Tântrico.
Procurando superficialmente na internet a palavra ´´Sexo Tântrico´´ encontrei diversos apontamentos diferentes para o mesmo tema.
Um dos que mais me deixou tonto foi o do site ´´Terra´´:
´´Manual do sexo tântrico.
Nada de ejaculação precoce nem pressa: o sexo tântrico busca o prazer máximo e duradouro com os cinco sentidos. Se você quer experimentar o chamado hiperorgasmo, tome nota na dica abaixo e nas dicas no quadro ao lado! ´´
Que fascinante essa abordagem! Superorgasmo, sem pressa, duradouro. Cinco sentidos!
A maioria dos leitores nem se quer sabe quais são os sentidos que temos, muitos nem imaginam como trabalhar isso. O Ocidental quer tudo pra ontem, então como pedir ´´sem pressa´´?. Aqui no Brasil a única coisa que dura é a reclamação das pessoas. Os homens em sua maioria são reprimidos sexualmente, não dançam, não celebram, quando abraçam uma mulher já estão logo excitados, como irão agüentar o superorgasmo? É perigoso matar o “cabra”!
As mulheres desconhecem o seu corpo, acham que todo homem que se aproxima delas só quer se aproveitar. Muitas só tem o corpo de mulher, pois suas ações são de um machão de calças curtas.
Tantra é uma medicina muito antiga que vem ajudar o ser humano a ser uma pessoa mais solta, mais leve, mais amorosa e sem repressões.
Como uma sociedade que acredita em pecado, em perdão, em um Deus homem, machista, vingativo, bravo, que maltrata quando alguém desobedece pode querer incorporar em sua vida o Sexo Tântrico? Muitos desconhecem que essa prática é profundamente meditativa. Às vezes pode durar dias ou semanas!
Olha o que o mesmo site descreve sobre sexo tântrico.
´´Uma relação sexual comum dura por volta de 15 minutos. O sexo tântrico deve durar ao menos duas horas. Caso dure menos de uma hora, é considerada ejaculação precoce. O sexo tântrico tem uma duração mínima, mas não uma máxima: quanto mais tempo durar, mais prazer proporcionará. O tantra encoraja o homem a fazer com que sua companheira se sinta divina.´´
Parece piada mesmo! Menos de uma hora é ejaculação precoce? Caracas e qual o homem que agüenta duas horas de sexo tântrico? Os homens já têm em sua cabeça que sexo é uma mulher de pernas abertas e ele com seu membro ereto e ripa na chulipa.
Sexo Tântrico é o escambal. Todo mundo esta arrumando uma forma de ´´trepar´´ e ser perdoado por Deus. Para você ter uma leve idéia do que é o Sexo Tântrico vou descrever abaixo algumas poucas coisas que aponta a filosofia tântrica e a maioria das pessoas da rede e supostos gurus nem se quer conhecem.
O Tantra é uma forma de viver, libertária e sensorial. No Tantra a mulher é vista como o centro. Adorada e reverenciada pelo homem, pois ela é detentora da Energia do Universo, da vida.
Uma pessoa que deseja praticar o sexo tântrico deve no mínimo ser:
Leve e desreprimida;
Sensível e amorosa;
Que dance e cante;
Que seja ela mesma;
Que tenha hábitos alimentares saudáveis (os tântricos eram frugivoristas em sua maioria);
Que tenha uma vida saudável sem uso de drogas (tabaco, álcool, remédios, etc...)
Que respeite o outro como Sagrado;
Que tenha em sua mente uma proposta de liberdade;
Que pratique exercícios diários (as posições do sexo tântrico exigem muito do homem e da mulher. O aconselhável é a prática do Yoga de preferência Hatha e Shiva);
Que medite quase todos os dias (a meditação é muito importante, pois ela deixa o casal no momento presente);
Que pratique técnicas de Pranayama (respiração é tudo no Tantra);
Que ame a natureza e os seres que habitam o Planeta;
Você consegue tudo isso? Se a resposta for “não”, então esqueça o sexo tântrico. Comece de onde você está.
Você sabe que tem um pé? Sabe mesmo ou só lembra dele quando está doendo? Suas mãos são mãos que fazem carinho ou que apontam o erro dos outros? Seu corpo é um corpo flexível ou você está como um bloco de concreto?
Pare pra pensar um segundo e reflita sobre isso:
Você quer o sexo tântrico somente para prazer ou está buscando algo a mais nele?
O Tantra também aponta para o prazer, mas não só o prazer sexual. É o prazer da vida; o de existir. O Prazer está em respeitar a si mesmo, ao próximo e ao mundo. Você se desconhece, está perdido no mundo, nunca sabe o que quer, vive uma vidinha bem miserável e cretina e acha que está capacitado ao Sexo Tântrico? Piada cósmica.
Tantra é para pessoas corajosas, que se bancam, que buscam a sua essência, que conseguem ver prazer em tudo (não só no sexo), que amam a vida como um todo, que conseguem respeitar o seu corpo, pois ele é o maior Templo da prazer. Você cuida do seu corpo?
´´ Sem dúvida, os norte-americanos não praticam o sexo tântrico: 70% deles ejaculam apenas dois minutos depois da penetração. O sexo tântrico tem como proposta exatamente o contrário: evitar a penetração rápida e brusca, para que a ejaculação não seja o único motivo da relação sexual.´´
Será que só os norte americanos? Os brasileiros estão no mesmo caminho. Comem, dormem, tomam banho (quando tomam), reclamam o tempo todo e de tudo e trabalham excessivamente. O Caminho é o mesmo. Eu e minha esposa atendemos diversas pessoas diariamente e a maioria são reprimidas. Quando vamos fazer uma massagem pedimos pra pessoa tirar a roupa, pois o toque é 50% da cura e muitos olham espantados, com medo do que vai acontecer. Os homens pensam de imediato que vão ganhar uma masturbação e alguns mais ousados, um sexo bem gostoso. As mulheres são reprimidas, tem medo de fazer massagem com terapeutas homens e quando se arriscam em fazer, ao final se apaixonam, pois jamais foram tratadas com tanto carinho.
Cadê o Tantra nessa história toda? Quer dizer que só o sexo vale e o resto a gente deixa pra manhã?
Buááááááááá!!! Bando de chorões, reclamões, ciumentos, possessivos e miseráveis. Ficam por ai mendigando um sexo barato e mal conseguem se olhar no espelho!
´´ O sexo tântrico leva em conta que nossa pele possui cerca de 600 mil pontos de sensibilidade. A ejaculação é considerada um desperdício de energia vital e por isso deve-se aprender a adiá-la´´.
Esta é coisa de grego mesmo. Ninguém sabe onde fica o nariz, como vai conhecer os 600 mil pontos de sensibilidade? Bem vou indicar dois pra vocês; o Lingam e a Yoni. O que? ficou perdido? Nem sabe o que é Lingam e Yoni.
Pesquise, faz parte do Tantra. Como eu disse, tem muito do Tantra escondido atrás do sexo supostamente tântrico.
Desperdício de energia pra mim é você ficar ai enchendo sua casa de velinhas de aniversário que contém petróleo (lembre-se que os tântricos pensam no todo), colocar uma calcinha minúscula, o homem comprar uma tanga apertadinha vermelha, ficarem 5 minutos se beijando e depois sair dizendo que fez sexo tântrico.
Os Ocidentais tem uma mania muito feia de achar que a espiritualidade e o sagrado se encontram somente nas velas e nos incensos.
Pra você saber.
- as velas usadas no Tantra são feitas com Cera de Abelha pois ajudam o Planeta e deixam um cheiro maravilhoso no ambiente. São medicinais também. É preciso ter paciência e boa vontade para encontra-las.
- Os incensos comprados em lojinhas de conveniência tem como base petróleo e fazem mal a saúde. Incenso bom é caro e não cabe no seu orçamento.
- A decoração requer uma certa criatividade, pode ser feita com coisas simples. Mas se você fosse uma pessoa criativa jamais tinha se envolvido com alguém que nada tem a acrescentar em sua vida.
´´Êxtase de prazer infindável e muito mais intenso que um orgasmo comum. Isto é o hiperorgasmo, um estado quase sobrenatural de nossa sexualidade que se pode alcançar através do sexo tântrico.´´
Hiperorgasmo, prazer e êxtase infindável são coisas de maluco mesmo. Como se chega nessa parte se o ínicio está errado? O êxtase tem que acontecer. O hiperorgasmo foi criado por mentes insanas e doentes e para o prazer acontecer é preciso que você aprenda a estar inteiro em tudo, inclusive no sexo.
´´Nada melhor, então, do que buscar inspiração oriental, como nos tantras, que, segundo a filosofia indiana, são textos escritos há milhares de anos por amantes divinos: a deusa Shakti e seu amante Shiva. De acordo com a filosofia Tãntrica, o sexo é mais do que um prazer: é um ritual sagrado. Esse ritual, chamado de maithuna, deve ser feito com muuuuuita calma e tempo disponível: no mínimo três horas!´´
Este aqui foi tirado da internet também. Um apontamento ridiciculo que só faz atrapalhar a vida dos leigos. Isso mesmo. Você é um leigo. Nada compreende. Nada conhece sobre o Tantra, pois se conhecesse jamais estaria buscando ele em livretos de como dar uma boa ´´trepada´´. Jamais se engane, pois seu sexo é mundano, nada tem de Sagrado. Sexo Tântrico ou Maithuna, como preferir, é um caminho para poucos, pois ele exige demais de cada um. Cursinhos basiquinhos disso ou daquilo expressam somente a imbecilidade desses ´´gurus´´ de araque. Você se olha no espelho e o que vê a sua frente?
Se tiver coragem de admitir estará vendo uma pessoa medrosa, cheia de repressões sexuais, que mal sabe dançar, que vive uma vida a 40%, que tem como objetivo final somente o prazer do sexo. Desconhece quem é, jamais teve ânsia de buscar no Tantra o SER real. Para ser tântrico é preciso antes de tudo ser você mesmo. Técnicas ajudam, mas a meditação é o caminho. Você medita ou é um preguiçoso? Você dança ou sempre sente vergonha dos seus passinhos falidos? Você é livre ou vive preso a amarras mundanas? É corajoso ou está sempre se escondendo atrás de respostas prontas?
Tantra é para muitos, mas poucos são para o Tantra. É preciso comprometer-se consigo mesmo antes de sair por ai acendendo velinhas de aniversário.
Outro dia uma mulher que faz cursos comigo no espaço que tenho em Mogi das Cruzes, me disse que tinha feito o melhor sexo da vida dela. Que tinha encontrado um homem especial, carinhoso, romântico, compreensível, bonito e bom de cama.
Ela leu essas matérias básicas de Tantra em 5 (cinco) minutos e resolveu fazer com ele. Disse que foi mágico tudo o que rolou. Eu dei risada e disse: Vocês pretendem continuar com isso? Ela disse que sim. Ri novamente e disse a ela: Querida, isso dura no máximo 1(um) mês, depois ele quer só enfiar o membro dele em você, dar uma gozada rapidinha e acabou.
Ela disse que não, que ele era diferente. Eu pedi para que observasse e depois me contasse. Foi dito e feito. Aconteceu exatamente o que eu disse. Ele veio com um papo de que isso era chato, que só a mulher recebe prazer, que ela nem está se importando com ele, que ele era homem e tinha certas necessidades e por aí vai. Tudo acabou rapidamente.
Os homens são matutos, às vezes fazem alguma coisa só pra agradar. Existem mulheres assim também, que de inicio parecem ser uma, mas logo mostram pra que vieram.
As pessoas insistem em relacionamentos falidos, tentam mudar o outro, sendo que esse ´´outro´´ só quer se aproveitar de você. As mulheres (que para o Tantra são Deusas) se vendem por um pedaço de carne enrigecida conhecida como Pênis, os homens por uma nádega (que palavra horrível) e acham que estão sendo quem são. Buscam no sexo tântrico mais uma forma de consertar o que já está quebrado. Desista e continue nesse seu sexo banal e sem graça, se mate para conseguir ficar duas ou três horinhas se masturbando, mas tenha em mente que isso nada tem de Sexo Tântrico, nada tem de Sagrado e Deus nenhum vai te perdoar.
´´Diversos autores fizeram adaptações de rituais de sexo tântrico para a cultura ocidental. ´´
Engraçado que esses supostos autores são as pessoas mais reprimidas que já vi. Esnobam o mundo, dizem que são os feras no Tantra, mas tem um enorme Rei na barriga. Cadê a prática diária? Cadê a consciência adquirida? Esses livretos cômicos que vocês compram, são a ilustração do ridículo. São uma forma bem clara de que para entrar no tantra, você só precisa ter pênis e vagina, arrumar alguém legal e seguir o passo-a-passo sexual.
Seja corajoso(a). Esqueça essa ladainha literária que nada tem a acrescentar. Deixe isso para os pesquisadores; para os medrosos. Se você chegou até o fim do Texto é porque busca o extraordinário; a excelência. Saiba que o Sagrado mora em você, mas você ainda desconhece isso. Seja mais ousado (a) a ponta de dizer SIM eu quero o melhor pra mim. Quero o melhor pro outro. E o melhor só poderá ser alcançado quando todo o velho padrão cair de sua cabeça.
Medite, pois esse é o Sagrado remédio para se ter uma vida mais amável, prazerosa, feliz e sadia.
Tome cuidado com esses textos básicos de posições sexuais para se chegar ao megaultrahiper orgasmo, pois isso pode matar a sua alma e acabar de vez com o seu espírito.
Tantra- Aceite seu corpo
A primeira coisa é aprender a respeitar o próprio corpo. Nunca fique contra seu corpo, nunca desrespeite-o porque desrespeita-lo é perder
o contato com a realidade. O corpo é o contato, a ponte é a base onde o ser esta plantado. É o templo. Tantra ensina reverência, amor, respeito e gratidão pelo corpo.
O corpo é o maior dos mistérios. É fácil reverenciar as árvores, os pássaros, o sol a lua, mas nunca reverenciamos o próprio corpo, ele esta tão perto que é muito fácil esquecê-lo, tão obvio que se torna fácil negligencia-lo. O corpo é o mais belo e complexo fenômeno na existência. Nenhuma flor ou árvore tem um corpo tão lindo. Nem as estrelas ou a lua tem um mecanismo tão selvagem e belo.
Tantra diz: a benção é possível apenas quando se vive ao máximo nunca menos que isso. A benção só é possível quando se vive intensamente e como se pode viver intensamente quando se esta contra o corpo? O homem tem medo de respirar porque quando respira profundamente, a respiração massageia e toca o centro da sexualidade por dentro e a energia sexual é liberada. Essa energia tem que ser liberada e fluir por todo o corpo para que se torne orgasmico.
Tantra ensina liberdade incondicional. O que quer que você seja ou pode ser, você já é. Se dê total liberdade, porque quando se é totalmente livre, o máximo é possível. As pessoas muito reprimidas se tornam não muito inteligentes, somente as pessoas sexualmente vitais são realmente inteligentes. A idéia de que o sexo é pecado, estragou a inteligência, feriu-a gravemente, porque quando se está realmente fluindo e não se tem nenhuma luta ou conflito com a sexualidade a mente pode funcionar ao maximo, fica-se mais inteligente, alerta, vivo.
O corpo precisa ser purificado de tanta repressão, ele se tornou envenenado e foi reprimido de tantas formas que passou a existir no mínimo e é por isso que o ser humano se tornou tão miserável. A vida está morna, o fogo que existia foi reduzido e precisa voltar a queimar. Oxigênio faz do corpo uma chama, expande o fogo interior.
Permita a energia voltar a fluir, remova os obstáculos. É muito difícil encontrar uma pessoa que não esteja bloqueada, é difícil encontrar uma pessoa que não esteja com o corpo atado. Os obstáculos impedem a energia de fluir, tire os nós.
O ser humano precisa reaprender a relaxar com a natureza, com os animais. Observe os gatos, como eles se movem e dormem tão relaxados e ao mesmo tempo estão alerta. Toda a natureza esta em constante estado de relaxamento, apenas o ser humano está tenso, estressado e neurótico. Use os sentidos para conectar com a realidade, permita a energia fluir como eletricidade. Se torne um rio fluindo. O peso desaparece e o corpo fica mais leve e pode voar como se não existisse gravidade. Isso só é possível num estado de profunda aceitação e apreciação.
Ame seu corpo, goste do seu cheiro, não use roupas para se esconder. Toque, cheire, ouça, olhe, sinta tanto quanto possível. Reaprenda sua linguagem, a linguagem que você esqueceu. Abra os olhos, aguce os ouvidos, sinta o divino em todos os sabores, toque os animais, as plantas, se toque. Liberte os sentidos dos hábitos, use toda oportunidade de criar novas formas de fazer coisas. Deite na grama, deite na praia, escute o som do mar, dos pássaros, coma com as mãos, corra descalço na chuva. Invente um jeito novo de fazer amor: dance antes de fazer amor, se sente e toque seu parceiro(a) ate que seus corpos estejam elétricos, cante pra seu amor. Escute o silêncio.
Quando o corpo esta liberado das repressões, os sentidos ficam livres, a mente se liberta dos pensamentos contínuos e obssessivos e a consciência pode estar presente.
Extraído do Livro : A visão do tantra (Osho).
P- SPOT( massagem na próstata) : Um crime contra a alma
Também conhecida como "Massagem Prostática"
Por Chandra Veeresha
No Tantra, todo o corpo é considerado sagrado e limpo. Nas massagens de origem tântricas, é comum que ele seja totalmente tocado e massageado sem tabus ou pré-conceitos. Aquele (a) ali deitado para receber o tratamento, é uma divindade cuja energia vital deve ser preservada. Para isso, todas as técnicas auxiliam na ativação responsável da Energia Kundalini. Uma vez ativada esta energia, os benefícios proporcionados vão muito além que puro prazer mundano e sexual.
Quando a Kundalini é ativada e canalizada, ela sobe pelo canal Sushuma (localizado no centro da coluna) e vai harmonizando todos os chakras (centros energéticos os quais estão associados com glândulas). A pessoa que passa por uma experiência tântrica dessa natureza, percebe sua disposição física e energética aumentar, fica mais motivada, mais concentrada, mas comunicativa, mais carismática e por que não dizer, mais bonita!
O sistema hormonal tanto feminino quanto masculino, é equilibrado, aliviando estresse e tensões do dia- a-dia. Uma das primeiras diferenças notadas é na disposição e no apetite sexual. Sim, a libido aumenta de forma significativa!
Existem também aqueles benefícios que são medidos a médio e longo prazo, pois as Terapias Tântricas visam principalmente o “autoconhecimento através do corpo”.
No entanto é importante esclarecer que o Tantra aponta para o controle dos esfíncteres anais, pois uma vez controlados, as glândulas sexuais produzem hormônios e a energia vital é conservada. Isso significa que para o Tantra, relações sexuais anais ou mesmo qualquer tipo de estímulo que penetre o ânus, não são recomendadas. A pressão exacerbada nesta região tende a enfraquecer os esfíncteres, acarretando em perda de energia.
Ora, se Terapias Tântricas são justamente para equilibrar o prana, então realmente é fora de sentido qualquer trabalho ou massagem que estimule o ânus, como é o casão da famosa Massagem na Próstata!
Dizer que a penetração anal desequilibra as forças vitais do corpo é o mesmo que dizer que este tipo de “terapia” ao invés de ajudar, prejudica o cliente em questão, pois compromete sua saúde integral (corpo, mente, emoções e espírito). Na prática, isso acontece porque uma vez penetrada e/ou pressionada esta região, a Energia Kundalini ao invés de subir, movimenta-se de forma contrária, descendo, recebendo o nome de “Kundalini Invertida”. Procurar estes “métodos de terapia”, segundo a visão tradicional do Tantra., é o mesmo que instalar uma “bomba relógio” em si mesmo. Ela vai explodir e ao invés de uma possível conexão com o cosmos, o resultado são as mais variadas disfunções como: cansaço físico extremo, sonolência e sensação de peso, agressividade extrema, sadomasoquismo, disfunção erétil etc. Os textos tântricos falam até mesmo no surgimento de doenças psicofísicas, obsessões e neuroses.
O Tantra aponta para um cuidado com o corpo e suas energias. Onde voce tem colocado seu corpo e suas energias?
" Cuide do seu corpo como cuidaria de um templo sagrado. Voce arruinaria um local sagrado para voce? O deixaria sujo e às moscas?Deixaria que vândalos o invadisse e levassem tudo? Ou o protegeria de estranhos? O templo do corpo é uma experiência que muitos "devas" sonhariam em ter. Cuidar dele vai muito além de comer coisas saudáveis e fazer exercícios." (Chandra Veeresha)
Felizmente existem formas de reverter a Kundalini invertida, porém, menos fáceis do que se esquivar às ofertas tentadoras do mercado que prometem o “mundo”, mas só podem oferecer o “fundo”
Para estimular o ponto G masculino, a Massagem Tântrica é feita principalmente no períneo, que fica entre o ânus e o sacro escrotal (na parte externa do corpo). Esta é a forma correta e eficaz de estimular este centro e ao mesmo tempo, garantir força vital capaz de proporcionar benefícios para o corpo, para a mente e para a alma. Além desses, existem vários outros capazes de proporcionar prazeres desconhecidos.
Um massoterapeuta deve ser sensível e compreender muito bem que existem energias tanto “benéficas” quanto “maléficas” e tomar cuidado com as inclinações da indústria do sexo, pois para vender e ganhar dinheiro são capazes das invenções mais absurdas que comprometem o ser humano, como um todo.
O Tantra distorcido no Ocidente
Um dos primeiros textos que escrevi há mais ou menos 7 (sete) anos e ainda vale para os dias de hoje...
Por:Chandra Veeresha
Aqui no Ocidente, ao se pronunciar a palavra Tantra, observa-se diversas reações nos ouvintes. A grande maioria, associa rapidamente o Tantra ao sexo, orgias, sexo grupal, bacanal, drogas, putaria, sexo livre etc. Uns por este motivo, se interessam de pronto, buscando materiais eróticos, visitando sites sem confiabilidade alguma e fazendo pesquisas para obter um ´´melhor orgasmo´´ na hora da transa. Esses são os sexólatras que buscam no Tantra uma forma de extravasar suas repressões e moralidade inconscientes (ou conscientes).
Existem também os curiosos. Estes vêm até o Tantra, lêem alguns livros e por vezes participam de grupos de vivências tântricas, mas não despertam nenhum interesse real e sincero pelo Tantra quando percebem que o Tantra não se trata de nada do que pensava, voltando à velha rotina.
Há também um terceiro grupo. Trata-se de jovens que usam ´´o que eles chamam de Tantra´´ para se voltar contra a sociedade, visto que o mesmo é uma filosofia libertária; entretanto eles têm uma má compreensão do assunto, confundindo liberdade com libertinagem. Dessa forma, associam ao Tantra, o uso de Êxtase, LSD, cocaína e outras drogas que oferecem algum vislumbre de felicidade e êxtases momentâneos. Assim, misturando músicas eletrônicas, com sexo livre e drogas, desrespeitam seu corpo e prejudicam suas mentes e espíritos, tornando-se escravos de estimulantes para se manterem ´´aparentemente despertos´´. Esses jovens que desrespeitam tudo o que está a sua frente e tudo o que é belo, aproveitam-se da liberdade que o Tantra oferece para criarem ´´modinhas´´ que nada tem a ver com o Tantra, visto que o tantra aponta para uma vida saudável e amorosa, respeitando a natureza, cuidados com o corpo através de exercícios, boa alimentação através de frutas (se possível sem ingerir carnes de bichos mortos), práticas de respiração e muita meditação.
Um quarto grupo trata-se dos supostos conhecedores que aqui denominaremos como ´´achadores´´. São pessoas que já conheceram várias filosofias, passaram por diversas religiões, leram inúmeros livros ´´sagrados´´, mas que, ao se deparar com o Tantra, fogem como ´´ratos apavorados´´. Isto acontece porque o Tantra não se preocupa com o porquê das coisas, mas com o como. O tantra aponta para a desrepressão, para a busca do si mesmo e não de métodos objetivando uma vidinha mais agradável.
O Tantra diz que você é perfeito como é, que você tem o que tem que ter e está onde tem que estar.
Se você está preso(a) ao sexo, o Tantra jamais dirá: abandone isso, pois sabe que a repressão é uma das causas de a sociedade estar como está hoje. E a sociedade é a principal responsável pela existência de maníacos, estupradores, pedófilos, prostituição etc.
Ao contrário, o Tantra diz que você pode usar esta energia (sem disperdiçar) a seu favor, visando o despertar da sua própria consciência, e lhes dá métodos reais para a sua transformação.
Esta é a principal razão que faz com que os ´´achadores´´ abominem o Tantra, pois no fundo, muitos têm medo de descobrir que estão mais presos a matéria do que imaginavam e de que todos os seus esforços para serem ´´bons´´, de nada valeram.
Porém, existem outros ´´achadores´´, um pouco mais ousados, mas que nunca experimentaram realmente o tantra, e jamais receberam qualquer tipo de iniciação, dando grupos tântricos e vivências (alguns até mesmo iniciando outras pessoas) e considerando-se Mestres desta arte de amor que é o Tantra. Passando adiante conhecimentos errôneos, abusando da inocência das pessoas e utilizando falsamente o tantra para conseguir sexo fácil e dinheiro.
O Quinto grupo (e raro) trata-se dos verdadeiros buscadores. Estes não estão interessados em conhecimento emprestado, mas em reconhecer no aqui-agora que são o que tem que ser; Iluminados. São aqueles que experimentam de verdade. Não estão interessados em pregações pois já compreenderam que a menos que lhes seja dado métodos eficazes, nada é transformado. São aqueles que buscam iniciações fortes e reais a fim de se reconhecerem.
Os tântricos vêem o Divino em tudo e isso causa uma enorme confusão naqueles que não estão buscando de verdade. O Sagrado e o Profano já não são mais dois, mas sim pólos da mesma energia que se completam. O Tantra não diz que isso é bom e aquilo é mau, não diz que isso é certo e aquilo é errado; não vê divisão alguma. O Tantra diz para que você esteja consciente de tudo o que acontece com você. Não desperdice sua energia com pequenos ensinamentos; com regras do que fazer e de como proceder perante as situações apresentadas pela vida. Ele não cuida do que você faz e sim do que você é.
Como não se conhece o Tantra apenas estudando, poucas pessoas o compreendem profundamente.
Como diz o Mestre Osho: ´´O Tantra é para todos, mais poucos são para o Tantra´´.
Por:Chandra Veeresha
Aqui no Ocidente, ao se pronunciar a palavra Tantra, observa-se diversas reações nos ouvintes. A grande maioria, associa rapidamente o Tantra ao sexo, orgias, sexo grupal, bacanal, drogas, putaria, sexo livre etc. Uns por este motivo, se interessam de pronto, buscando materiais eróticos, visitando sites sem confiabilidade alguma e fazendo pesquisas para obter um ´´melhor orgasmo´´ na hora da transa. Esses são os sexólatras que buscam no Tantra uma forma de extravasar suas repressões e moralidade inconscientes (ou conscientes).
Existem também os curiosos. Estes vêm até o Tantra, lêem alguns livros e por vezes participam de grupos de vivências tântricas, mas não despertam nenhum interesse real e sincero pelo Tantra quando percebem que o Tantra não se trata de nada do que pensava, voltando à velha rotina.
Há também um terceiro grupo. Trata-se de jovens que usam ´´o que eles chamam de Tantra´´ para se voltar contra a sociedade, visto que o mesmo é uma filosofia libertária; entretanto eles têm uma má compreensão do assunto, confundindo liberdade com libertinagem. Dessa forma, associam ao Tantra, o uso de Êxtase, LSD, cocaína e outras drogas que oferecem algum vislumbre de felicidade e êxtases momentâneos. Assim, misturando músicas eletrônicas, com sexo livre e drogas, desrespeitam seu corpo e prejudicam suas mentes e espíritos, tornando-se escravos de estimulantes para se manterem ´´aparentemente despertos´´. Esses jovens que desrespeitam tudo o que está a sua frente e tudo o que é belo, aproveitam-se da liberdade que o Tantra oferece para criarem ´´modinhas´´ que nada tem a ver com o Tantra, visto que o tantra aponta para uma vida saudável e amorosa, respeitando a natureza, cuidados com o corpo através de exercícios, boa alimentação através de frutas (se possível sem ingerir carnes de bichos mortos), práticas de respiração e muita meditação.
Um quarto grupo trata-se dos supostos conhecedores que aqui denominaremos como ´´achadores´´. São pessoas que já conheceram várias filosofias, passaram por diversas religiões, leram inúmeros livros ´´sagrados´´, mas que, ao se deparar com o Tantra, fogem como ´´ratos apavorados´´. Isto acontece porque o Tantra não se preocupa com o porquê das coisas, mas com o como. O tantra aponta para a desrepressão, para a busca do si mesmo e não de métodos objetivando uma vidinha mais agradável.
O Tantra diz que você é perfeito como é, que você tem o que tem que ter e está onde tem que estar.
Se você está preso(a) ao sexo, o Tantra jamais dirá: abandone isso, pois sabe que a repressão é uma das causas de a sociedade estar como está hoje. E a sociedade é a principal responsável pela existência de maníacos, estupradores, pedófilos, prostituição etc.
Ao contrário, o Tantra diz que você pode usar esta energia (sem disperdiçar) a seu favor, visando o despertar da sua própria consciência, e lhes dá métodos reais para a sua transformação.
Esta é a principal razão que faz com que os ´´achadores´´ abominem o Tantra, pois no fundo, muitos têm medo de descobrir que estão mais presos a matéria do que imaginavam e de que todos os seus esforços para serem ´´bons´´, de nada valeram.
Porém, existem outros ´´achadores´´, um pouco mais ousados, mas que nunca experimentaram realmente o tantra, e jamais receberam qualquer tipo de iniciação, dando grupos tântricos e vivências (alguns até mesmo iniciando outras pessoas) e considerando-se Mestres desta arte de amor que é o Tantra. Passando adiante conhecimentos errôneos, abusando da inocência das pessoas e utilizando falsamente o tantra para conseguir sexo fácil e dinheiro.
O Quinto grupo (e raro) trata-se dos verdadeiros buscadores. Estes não estão interessados em conhecimento emprestado, mas em reconhecer no aqui-agora que são o que tem que ser; Iluminados. São aqueles que experimentam de verdade. Não estão interessados em pregações pois já compreenderam que a menos que lhes seja dado métodos eficazes, nada é transformado. São aqueles que buscam iniciações fortes e reais a fim de se reconhecerem.
Os tântricos vêem o Divino em tudo e isso causa uma enorme confusão naqueles que não estão buscando de verdade. O Sagrado e o Profano já não são mais dois, mas sim pólos da mesma energia que se completam. O Tantra não diz que isso é bom e aquilo é mau, não diz que isso é certo e aquilo é errado; não vê divisão alguma. O Tantra diz para que você esteja consciente de tudo o que acontece com você. Não desperdice sua energia com pequenos ensinamentos; com regras do que fazer e de como proceder perante as situações apresentadas pela vida. Ele não cuida do que você faz e sim do que você é.
Como não se conhece o Tantra apenas estudando, poucas pessoas o compreendem profundamente.
Como diz o Mestre Osho: ´´O Tantra é para todos, mais poucos são para o Tantra´´.
Tantra: Sexualidade e Espiritualidade
Outra definição...
Tantra é um termo sânscrito que, como o termo Yoga, tem muitos significados distintos, mas basicamente relacionados. No nível mais mundano, denota teia ou urdidura. Deriva do radical tan, no sentido de expandir. Esse radical também forma a palavra tantu (fio ou cordão). Enquanto um fio é alguma coisa extensiva, uma teia sugere expansão. Tantra pode também representar sistema, ritual, doutrina e compêndio. Segundo explicações esotéricas, tantra é o que expande o jñána, que pode significar conhecimento ou sabedoria. O falecido Agehananda Bharati, um austríaco, professor de antropologia na Syracuse University e monge da ordem Dashanami, argumentava que só o conhecimento pode ser expandido, não a sabedoria imutável. Mas isso não é inteiramente correto. A sabedoria, embora co-essencial com a realidade e, portanto, perene, pode ser expandida no sentido de informar mais e mais o praticante espiritual. Esse processo é como colocar uma esponja num tanque raso de água. Ela suga aos poucos a água e se torna completamente encharcada de umidade. Assim, enquanto a sabedoria é sempre a mesma, ela pode também, paradoxalmente, crescer dentro de uma pessoa. Ou, colocando de modo diferente, uma pessoa pode crescer para refletir cada vez mais a Sabedoria Eterna.
Mas tantra é também a Realidade expansiva, que abrange tudo, desvelada pela sabedoria. Tal como representa continuum, o todo inconsútil que compreende tanto a transcendência quanto a imanência, Realidade e realidade, Ser e tornar-se, Consciência e consciência mental, Infinidade e finitude, Espírito e matéria, transcendência e imanência, ou, na terminologia do sânscrito, Nirvana e samsára, ou Brahman e jagat. Aqui as palavras samsára e jagat representam o mundo familiar do fluxo que experimentamos através de nossos sentidos.
Historicamente, Tantra denota um estilo particular ou gênero de ensinamentos espirituais que começou a ganhar espaço na Índia cerca de 1.500 anos atrás ? ensinamentos que afirmam a continuidade entre Espírito e matéria. A palavra também significa uma escritura na qual tais ensinamentos são desvelados. Por extensão, o termo é freqüentemente aplicado a livros, a textos didáticos e a manuais em geral. A tradição fala de 64 Tantras, embora, juntamente com as 108 Upanishads, essa seja uma cifra ideal, que não reflete a realidade histórica. Conhecemos muitos outros Tantras, embora poucos deles tenham sobrevivido à ação do tempo.
Um praticante do Tantra é chamado de sádhaka (se homem) ou de sádhika (se mulher). Outras expressões são tantrika ou tantra-yogin (se homem) e tantra-yoginí (se mulher). Um iniciado na trilha tântrica é tipicamente conhecido como um siddha (ser consumado, de sidh, significando estar consumado ou alcançar) ou maha-siddha (ser grandemente consumado, ou seja, um grande iniciado). A mulher iniciada é chamada siddha-angana (de anga, significando membro ou parte). A própria filosofia tântrica é freqüentemente chamada de sádhana (do mesmo radical de siddha), e a conquista espiritual dessa trilha é chamada siddhi (tendo o significado dual de perfeição e consumação poderosa). Siddhi pode denominar tanto a obtenção espiritual da libertação, ou iluminação, quanto os extraordinários poderes ou capacidades parapsíquicos atribuídos aos mestres tântricos como conseqüência da iluminação, ou em virtude do domínio dos estágios avançados de concentração. Um preceptor tântrico, esteja ele iluminado ou não, é chamado tanto de acharya (condutor, relacionado a achara, meio de vida) quanto de guru (ser influente).
Um ensinamento para a Idade das Trevas
O Tantra compreende a si mesmo como um Evangelho para a nova Era das Trevas, o Kali Yuga. De acordo com a visão do mundo hindu, a história se desdobra num padrão cíclico que avança de uma Era Dourada para eras de progressivo declínio espiritual, e depois de volta a uma Era de Luz e Fartura. Essas eras são chamadas yugas (cangas), presumivelmente porque elas prendem os seres à roda do tempo (kala chakra), ao fluxo da existência condicionada. Há quatro desses yugas, que se repetem indefinidamente, o tempo todo maturando todos os seres, mas especialmente os humanos. As escrituras falam desse processo de desenvolvimento como cozimento. As quatro eras do mundo são, nesta ordem:
1) O Satya Yuga, no qual a verdade (satya) reina suprema, e que é também conhecido como Krita Yuga, porque tudo nele é bem-feito (krita);
2) O Treta Yuga, no qual a verdade e a virtude são de alguma forma reduzidas;
3) O Dwápara Yuga, no qual verdade e virtude são ainda mais reduzidas;
4) O Kali Yuga, que é marcado por ignorância, fraude e cobiça.
Essas correspondem às quatro eras conhecidas na Grécia clássica e na antiga Pérsia. Significativamente, os nomes em sânscrito das quatro eras do mundo derivam do jogo de dados, um passatempo da população indiana desde os tempos vêdicos. O Rig Veda, que tem pelo menos cinco mil anos de idade, tem um hino (10.34) que foi intitulado "Lamento do Jogador", porque seu compositor fala poeticamente de seu vício no jogo. Sobre os dados ele diz que, "desprovidos de mãos, eles dominam aquele que tem mãos", causando perda, vergonha e pesar. A guerra Bhárata, narrada no épico Mahabhárata, foi o mau fruto do jogo, pois Yudhishthira perdeu todo o reino para seu malvado primo Duryodhana com o lançamento de um dado.
Krita significa a sorte ou lançamento bem-feito, dwápara (duque) um lançamento de dois pontos, treta (terno) um lançamento de três pontos, e kali (do radical kal, induzir), a perda total, indicada por um único ponto no dado. A palavra kali não é, como se pensa freqüentemente, uma referência ao nome da muito conhecida deusa Kálí. Todavia, como Kálí simboliza tanto o tempo quanto a destruição, não parece muito forçado ligá-la especificamente ao Kali Yuga, embora, é claro, ela esteja destinada a governar todos os espaços e formas do tempo.
Os Tantras descrevem a primeira Era Dourada como uma era de fartura material e espiritual. Segundo o Mahanirvana Tantra (1.20-29), as pessoas eram sábias e virtuosas e agradavam as divindades e antepassados pela prática do Yoga e dos rituais de sacrifício. Por meio de seu estudo dos Vedas, meditação, austeridade, domínio dos sentidos e atos de caridade, elas adquiriam grande firmeza e poder. Muito embora mortais, eram como as divindades (deva). Os governantes eram altamente sensatos e estavam sempre preocupados em proteger as pessoas confiadas à sua guarda, ao passo que entre o povo não havia ladrões, mentirosos, tolos ou glutões. Ninguém era egoísta, invejoso ou devasso. A psicologia favorável das pessoas refletia-se externamente na farta produção agrícola de grãos, nas vacas fornecendo leite em abundância, nas árvores carregadas de frutos e nas generosas chuvas sazonais fertilizando toda a vegetação. Não existia fome nem doença, nem morte prematura. As pessoas eram generosas, felizes, belas e prósperas. A sociedade era bem ordenada e pacífica.
Na era seguinte do mundo, o Treta Yuga, as pessoas perdiam seu espaço interior e se tornavam incapazes de aplicar adequadamente os rituais vêdicos, embora continuassem ansiosamente apegadas a eles. Compadecido, o deus Shiva trouxe tradições (smriti) úteis para o mundo, pelas quais os antigos ensinamentos poderiam ser mais bem entendidos e praticados.
Mas a Humanidade tendia a perder seu rumo, o que se tornou óbvio na terceira era do mundo. As pessoas abandonaram os métodos prescritos nas Smritis e desse modo só faziam ampliar sua perplexidade e sofrimento. Suas doenças físicas e emocionais aumentaram e, como insiste o Mahanirvana Tantra, perderam metade da lei divinamente apontada (dharma). Mais uma vez, Shiva interveio ao tornar disponíveis os ensinamentos dos Samhitas e outras escrituras religiosas.
Com o surgimento da quarta era do mundo, o Kali Yuga, tudo da lei divinamente apontada estava perdido. Muitos hindus acreditam que o Kali Yuga foi introduzida à época da morte do deus-homem Krishna, que supostamente deixou este mundo em 3102 a.C., ao final da guerra Bhárata. Não há evidência arqueológica para essa data, e é provável que Krishna tenha vivido muito mais tarde. Porém, isso é relativamente insignificante para a presente consideração. O que importa, contudo, é que a maior parte das autoridades profissionais considera o Kali Yuga como sendo lenta demais em progredir. De fato, segundo os cômputos hindus, estamos apenas na fase de abertura dessa Idade de Trevas no mundo, que se acredita ter um alcance total de 360 mil anos. Assim, de uma perspectiva hindu, o atual debate em certos círculos ocidentais de uma promissora nova era - a era de Aquário - é mal orientado. No melhor dos casos, esse é um miniciclo de auto-ilusão que leva ao falso otimismo e à complacência, seguido por piores condições. Isto é, de fato, o que alguns críticos ocidentais do movimento da nova era também sugeriam. Outros críticos argumentaram, inversamente, que o modelo hindu de tempo cíclico é irrealista e ultrapassado.
Qualquer que seja a verdade sobre esse tema, os Tantras enfatizam que seus ensinamentos são destinados àqueles que buscam a espiritualidade, mas estão presos na Idade das Trevas, o que ocorre efetivamente hoje. É assim que o Mahanirvana Tantra (1.36-42), nas proféticas palavras da Deusa, descreve a atual era do mundo:
"Com o progresso pecaminoso do Kali [Yuga], que destrói toda a Lei, que é repleta de meios e fenômenos do mal e que faz surgir atividades malignas, os Vedas se tornam ineficazes, para não falar que relembram o Smriti. E os muitos Puránas, contendo várias histórias e exibindo os muitos meios [para a Libertação], serão destruídos, ó Senhor. Então, o povo se desviará da ação virtuosa e se tornará habitualmente desenfreado, louco de orgulho, versado em más ações, lascivo, confuso, cruel, rude, vulgar, fraudulento, efêmero, maçante, perturbado por doença e pesar, feio, fraco, vil, ligado a comportamento torpe, chegado a más companhias, a ladrões do dinheiro alheio. Eles se tornam trapaceiros empenhados em culpar, caluniar e injuriar os outros e não sentem nenhuma relutância, pecado ou medo em seduzir a esposa de outro. Eles se tornam destituídos, asquerosos, mendigos destroçados que adoecem da sua vadiagem."
O Mahanirvana Tantra continua sua descrição da fantasia do Kali Yuga ao dizer que mesmo os brâmanes se tornam degenerados e realizam suas práticas religiosas principalmente para enganar as pessoas. Assim, os guardiães da Lei (Dharma) meramente contribuem para a destruição da sagrada tradição e da ordem moral. O Tantra a seguir reitera que Shiva desvelou os ensinamentos tântricos para deter a maré da história e corrigir essa situação trágica. Os mestres do Tantra são profundamente otimistas.
A abordagem radical do Tantra
Os iniciados do Tantra acreditam que é possível alcançar a Libertação, ou Iluminação, mesmo nas piores condições morais e sociais. Eles também acreditam, todavia, que os meios tradicionais delineados ou desvelados em eras anteriores do mundo não são mais úteis ou ótimos, pois eram meios destinados a pessoas de energia moral e espiritual muito maior, que viviam num meio ambiente mais pacífico e útil para o crescimento interior. A Era atual de Trevas tem incontáveis obstáculos que tornam o amadurecimento extremamente difícil. Portanto, são necessárias medidas mais drásticas: a metodologia tântrica.
O que há de tão especial nos ensinamentos tântricos, que deveriam atender às necessidades espirituais da Era das Trevas melhor do que todas as outras abordagens? De muitas maneiras, os métodos tântricos são similares a práticas não-tântricas. O que é admiravelmente diferente a respeito deles é a sua inclusividade e a atitude radical com as quais são perseguidos. Uma pessoa desesperada irá se agarrar a uma palha, e os buscadores no Kali Yuga são, ou deveriam ser, desesperados. Do ponto privilegiado de uma herança espiritual que se estende por vários milhares de anos, os mestres tântricos, no começo da era comum, perceberam que a Era das Trevas necessita de técnicas especialmente poderosas para transpor a letargia, a resistência e o apego a relacionamentos convencionais e coisas mundanas, bem como para lidar com a falta de compreensão. Olhando os meios disponíveis, transmitidos dos mestres para os discípulos ao longo de incontáveis gerações, eles admitiram que estes exigiam uma pureza e nobreza de caráter que as pessoas da Era das Trevas não possuem mais. Para ajudar a humanidade no Kali Yuga, os iniciados no Tantra modificaram os velhos ensinamentos e criaram um novo repertório de práticas. Sua orientação pode ser resumida em duas palavras: tudo passa. Ou, pelo menos, quase tudo.
Os mestres tântricos até mesmo sancionaram práticas que são consideradas pecaminosas a partir de uma moral convencional e de uma estrutura espiritual. Essa feição do Tantra foi denominada antinomianismo, que, como a palavra derivada do grego sugere, consiste em ir contra (anti) as normas aceitas ou leis (nomos). Os textos tântricos usam palavras como pratiloman (contra o grão) e paravritti (inversão) para descrever seus ensinamentos. Alguns iniciados do Tantra fizeram desse princípio de reversão um meio de vida, como pode ser visto no estilo extremista dos avadhutas, que andam nus por toda parte e vivem em meio a monturos de lixo. Eles se moldam a partir do deus-homem Dattatreya, que supostamente viveu no Treta Yuga. Na literatura purânica, ele é celebrado como uma encarnação da Trimurti (a trindade do hinduísmo), a saber, as divindades Brahmá (o Criador), Vishnu (o Preservador) e Shiva (o Destruidor).
Tais iniciados ainda podem ser encontrados hoje em dia, e o iniciado do século 20, Rang Avadhoot (Ranga Avadhuta), de Nareshvar, no Estado de Gujarat, foi venerado como uma forma de Dattatreya. Esse avadhuta foi um pós-graduado que traduziu obras de Tolstói e compôs seus próprios livros em sânscrito, embora vivesse em total simplicidade e inteiramente alheio a qualquer religião formal. Os membros da seita Aghori vão ainda mais longe em seu desprezo pelas convenções e podem ser vistos perto de áreas de cremação, onde, vestidos apenas com as cinzas das piras funerárias, entregam-se às suas meditações solitárias.
O antinomianismo tântrico pode ser visto atuando especialmente nas notórias escolas da "mão-esquerda" do Tantra. Seus membros se beneficiam de práticas ilegais, tais como intercurso sexual ritualizado (maithuna) com outra pessoa que não seu cônjuge, e do consumo de afrodisíacos, álcool e carne (alimento proibido na tradicional cultura vegetariana da Índia), bem como da freqüência a cemitérios para rituais de necromancia.
Compreensivelmente, a ortodoxia religiosa dos brâmanes sempre encarou o Tantra e seus praticantes com desânimo e até mesmo desdém. Mas a sociedade hindu, considerada a mais antiga sociedade pluralística contínua na Terra, traz embutida uma certa tolerância, que por milênios permitiu que todos os tipos de tradições religiosas e espirituais florescessem lado a lado. Outro fator que facilitou a aceitação disseminada do Tantra no espaço de poucas gerações foi a fama dos iniciados tântricos como mágicos poderosos, não importa se na magia branca ou na negra. As pessoas temiam as maldições e feitiços dos tantrikas e não queriam ser vistas a condená-los ou denegri-los, mesmo se considerassem um erro os pontos de vista e as práticas tântricas. Ainda hoje, a população rural da Índia tanto venera quanto teme os ascetas, em especial os que manifestam uma conduta tântrica. Yogins e yoginís sempre foram considerados como manipuladores de poder sobrenatural. No caso dos iniciados tântricos, esse poder é considerado especialmente grande por causa de sua estreita associação com o lado sombrio da vida, principalmente o reino dos mortos.
Ao final do espectro tântrico, temos práticas altamente heterodoxas, tais como a magia negra, que vão contra a índole moral da sociedade hindu (e da maioria das sociedades). No outro extremo, temos os mestres tântricos que execram todas as doutrinas e todos os rituais e, em vez disso, aplaudem o ideal de espontaneidade perfeita (sahaja). A maioria das escolas cai entre esses dois pólos; elas são tipicamente por demais ritualísticas, porém impregnadas com o reconhecimento de que a Libertação brota da sabedoria, que é inata e portanto não pode ser produzida por quaisquer meios externos. Todas as muitas técnicas tântricas servem apenas para limpar o espelho da mente, de modo a refletir com fidelidade a Realidade onipresente, permitindo que a sabedoria nativa brilhe sem distorção.
Extraído da Introdução do livro Tantra - Sexualidade e Espiritualidade (traduzido por Gilson B. Soares), Editora Nova Era, Rio de Janeiro.
Georg Feuerstein, Ph.D., é Doutor em História da Religião e desenvolve estudos sobre a tradição do Yoga. É fundador e diretor do Yoga Research and Education Center e editor do boletim bimestral Yoga World. Membro do conselho diretor da Healing Buddha Foundation, na Califórnia, e colaborador dos periódicos Yoga Journal, Inner Directions e Intuition, Dr. Feuerstein já publicou vários livros, entre os quais A Tradição do Yoga, The Shambhala Encyclopedia of Yoga, The Shambhala Guide to Yoga, Teachings of Yoga e Yoga and Health.
Copyright © 2002 Georg Feuerstein, Yoga Research and Education Center.
Visite o site de Georg Feuerstein em www.yrec.org
Tantra - Meu corpo, universo desconhecido...
O corpo é a nave central e catedral do Tantra. Para o Tantra ele não é um humilde servidor, nem a tremule carcaça a qual Turenne se dirigia durante a batalha; nem a antítese do Espírito, sede dos apetites grosseiros, coisa desprezível, que melhor seria submeter e mortificar para salvar a alma.
Para o Tantra, o corpo é bem mais que um maravilhoso instrumento de manifestação ou uma admirável mecânica biológica: ele é divino. Divino?O corpo?No limite ainda é aceitável que se divinize o cérebro, sede da consciência, mas as tripas...
Não exageremos! No entanto...
Para compreender esta chave do Tantra é preciso realizar que:
- O corpo real é, de fato, um universo de extraordinária complexidade, cuja vida secreta é totalmente desconhecida;
- O corpo é produzido e animado por uma inteligência criadora, a mesma que suscita e preserva o Universo, da mais ínfima partícula subatômica à mais gigantesca das inumeráveis galáxias.
- O corpo abriga, em suas profundidades ocultas, potencialidades insuspeitas, energias extraordinárias, cuja maioria permanece latente no homem comum, mas que a prática tântrica desperta e desenvolve.
Objeção: desconhecido, esse corpo que sinto viver e palpitar, que sei que tem fome ou sede, se sofre ou goza? Resposta: o corpo-vivenciado, percebido, é uma simples representação mental, que não tem muito a ver com a grandiosa realidade do corpo real.
Raciocinemos: Tiro meu relógio de pulso e coloco-o sobre a mesa, bem diante de mim. Sem que eu suspeite, estou diante de sois relógios: o relógio objeto (exterior ) e o relógio –imagem (interior) que observo em minha frente. O relógio-objeto, o dos físicos, o verdadeiro, se compõe de átomos constituídos de ínfimos grãos de energia. Desde Einstein, sabemos que a matéria, que nos parece tão tangível e concreta, é energia, mas principalmente vazio. Como já disse antes, suprimindo o espaço entre as partículas atômicas, nosso planeta caberia ao que parece, num dedal, ainda mantendo a mesma massa! Meu relógio-objeto-real é, portanto, vazio, um campo de forças turbilhonantes que meu intelecto não consegue representar. Mesmo sabendo tudo isso experimentalmente, o físico nuclear não é privilegiado, ele só vê, assim como eu, seu relógio-imagem interior, seguro, compacto, que só existe em seu cérebro - ou, sobretudo, em sua mente, conforme o pensamento indiano. O relógio-imagem oculta o relógio-objeto, esse véu é o maya do vedanta.
E chego aqui a um ponto crucial no que se refere ao corpo: afinal, tenho também dois corpos!Um corpo objeto (desconhecido) e um corpo-imagem9vivenciado) e confundo os dois. Ou melhor, ignoro completamente o primeiro! É mais fácil compreender esta sutileza – perdão, essa verdade fundamental-observando qualquer outra coisa. Então, observem-me olhando meu relógio, colocando sobre a mesa. Como acontece a percepção? É simples, pelo menos aparentemente: a luz bate no objeto, atinge minha retina ,que remte mensagem sob formas de impulsos elétricos, ao córtex cerebral, por intermédio do nervo óptico. Assim, o relógio-imagem que olho surge em algum lugar dentro da minha cabeça, em minha mente. Atordoante constatação: por toda a vida tenho olhado imagens do mundo exterior em minha mente, acreditando estar vendo o mundo exterior: surpreendente, mas verdadeiro. Objetarão que isso não faz muita diferença, porque se acredita que é reflexo exato do outro , assim como a imagem de uma paisagem no espelho é idêntica à imagem propriamente dita. Ao supor-se que também seja assim quanto às imagens que surgem no mundo exterior, comete um erro grosseiro. De fato, essas imagens correspondem tão pouco á realidade exterior quanto a planta de uma cidade à cidade propriamente dita e seus habitantes: ela é apenas um esquema utilitário.
Agora, atenção! Continuo e ponho novamente meu relógio no pulso. O que acontece então? Nada mudou: ele continua sendo uma imagem em minha mente. Mas o pulso? Aí também devo fazer uma distinção entre meu pulso real, material composto de energia, e meu pulso-imagem em minha mente.Nesse ponto do raciocino muitas pessoas ficaram perturbadas e bem as compreendo, porque eu mesmo levei meses para distinguir verdadeiramente os objetos exteriores de uma imagem interior, para então compreender que são dois fenômenos inteiram,ente distintos, embora imbricados.
É, aqui em geral, tropeçamos! Pois bem, contatamos que io relógio exterior é uma coisa e o relógio exterior, outra coisa; e este, de fato é o único que conheço. Na vida prática, este me basta: não é preciso nenhuma distinção sutil entre relógio objeto e relógio –imagem, pois isso não me impede de ver as horas. Quanto ao meu corpo, é diferente: eu sinto, então logo, ele sou “eu”, não? É isto o que se costuma pensar pois é normal e natural que de certa forma, se subtraia o próprio corpo do mundo exterior do mundo exterior : de um lado está minha mente e o “eu associada ao corpo e do outro lado(fora), está todo o resto a multidão de seres e coisas.. Assim, em pensamento, artificialmente isolo meu corpo de todo o resto do mundo, enquanto ele é um agregado de átomos tão materiais e banais quanto os de todos os objetos do exterior com os quais estou em contínua relação de troca: diuturnamente absorvo moléculas de ar, de alimento e rejeito outro tanto. Meu corpo é um edifício em sua forma enquanto seus tijolos são trocados incessantemente. É uma evidência que ignoramos: o corpo faz parte do universo material do qual é indissociável; ele é uma engrenagem na imensidão cósmica. Minha relação com o meu corpo me é particular. Na realidade, meu corpo, embora material é o lugar privilegiado” do espaço onde “eu” estruturo a matéria, onde “eu” construo esse corpo humano.
Eu” entre aspas porque não é preciso dizer que não é meu pequeno eu, mas a Inteligência superior no meu corpo que o suscita e o mantém. Mas, enfim, sou eu e não qualquer agente exterior que faz isso. Independentemente de religião ou filosofia é inegável que todos os meus níveis de existência, quaisquer que sejam, estão em meu corpo, mesmo que minha fé me leve a considera-lo mais do que simples carne mortal. Esse corpo real, repito, é um universo desconhecido, gigantesco em escala celular e que não deve ser confundido com o corpo-imagem da mente. Certamente, a princípio, temos dificuldades para digerir isso, porque parece contradizer a experiência diária. A planta da cidade, simples esquema tem uma certa relação com a cidade – a planta de Paris não é a mesma de Londres-; mas é isso o que fazemos na mente, com a imagem do corpo. O corpo que vivencio é uma planta; um esquema , muito propriamente chamado de “esquema corporal”, distinto do corpo-objeto-real.
Avancemos mais um passo!Por inabilidade, em vez de bater com o martelo na cabeça do prego, dei com o martelo no dedo!Ai!...Não me venham dizer que esta dor nada mais é do que uma imagem em minha mente, e que um martelo feito de vazio, bateu num dedo também oco. Mas é isso mesmo!Na realidade, tenho dor na imagem do meu dedo, na imagem de meu corpo, em algum lugar da minha mente!Fisiologicamente meu dedo real não sente dor alguma. Os nervos atingidos enviam a mensagem para o cérebro, que a traduz em dor. Assim, em algum lugar em minha mente- e somente aí- nasce a imagem da dor, na imagem do dedo, na imagem do corpo!Outra objeção: mas sinto dor! Verdade. Mas há algumas seitas – conheço adeptos- que ensinam técnicas que permitem modificar a mensagem da dor em prazer!Eles enfiam ganchos no corpo, deliciados... (saibam que isso nada tem a ver com tantra). Sob hipnose é fácil inverter a s percepções de uma pessoa; por exemplo, insensibilizar totalmente seu braço e enfiar agulhas, sem que o hipnotizado sinta dor. Que a dor nos pareça um fato inegável da experiência não impede que seja um fato mental puro, e isso não é sinônimo de irreal num sentido absoluto.
Na Bíblia (Gen. III, 16) deus amaldiçoou a mulher: “Multiplicai sua dor e tua concepção e com dor parirá seus filhos”. As dores do parto não são consideradas o limite do suportável?
No entanto, um obstetra inglês, Carol Reed , conseguiu muito bem reduzi-las , até suprimi-las , pedindo- paradoxalmente- a parturiente que se concentre nas contrações musculares uterinas. Enquanto ela abstrair idéias socialmente implantadas, de sofrimentos associadas ao parto, não sentirá dor verdadeira. Se, ao contrário, ela pensar em dor para resistir a ela, se contrairá e sofrerá. Graças aos exercícios pré-natais apropriados, ela se torna capaz de sentir a contrações do útero como tensão muscular normais, aceita-as e abandona-se a elas e não sofre de verdade. A shakti tântrica vai ainda mais longe: vive intensamente toda a gravidez, participa conscientemente do desenvolvimento da vida em seu ventre sabendo que, no momento do parto, confiando e deixando agira a Inteligência superior do corpo escapará à maldição bíblica.
E isso nos leva à Sabedoria suprema do corpo, homem ou mulher, devo tomar consciência de que meu corpo é um agregado de bilhões de células, todas vivas, todas conscientes, todas inteligentes, cuja vida secreta e profunda eu sempre ignorarei.
Então, perguntarão: “Mas por que então se preocupar, se a coisas funciona por si?” (sempre funciona assim tão bem?). Por que me preocupar com esse corpo real, diferente do corpo vivenciado?E se deixássemos tudo isso para os filósofos?Nâo seria nada bom, pois esse corpo real desconhecido é um extraordinário mosaico de poderes inexplorados, e isso desemboca diretamente na prática tântrica.
(Van Lysebeth - Tantra Culto da Feminilidade)
Atendimentos - Massagem Tântrica, Lingam, Ritual Tântrico
Feminino e Masculino
Prazer além do Corpo...
A Massagem Tântrica é uma técnica maravilhosa que veio da Índia com o objetivo de equilibrar a sexualidade e despertar a consciência, através do toque.
Nossa proposta é que voce se descubra mais leve, mais vivo, mais sensível. Para isso, o corpo é utilizado como ferramenta de autoconhecimento. Seu corpo é um templo sagrado. Templo por onde passa o prazer físico e energético.
Através dos toques suaves e deslizantes desta massagem, voce vai se redescobrir. Sentir-se desperto. Sem, bloqueios emocionais e mental e claro, com mais vitalidade para viver os prazeres que a vida oferece.
O Tantra é uma "filosofia" de vida. Sua massagem visa mostrar que seu corpo é um veículo sem fronteiras onde vive o profano e o divino, difundindo-se um no outro sem qualquer receio...
Somente as mãos são utilizadas, acompanhadas de um óleo natural e sem cheiro que permite o deslizamento das mãos.
Trabalha-se ainda todos os centros energéticos (chakras) que possibilitam melhora em vários aspectos da vida como sexualidade, amorosidade, equilíbrio mental, diminuição da ansiedade, desbloqueios emocionais, além de tratar distúrbios como impotência, ejaculação precoce e problemas de ereção em geral, no homem e frigidêz e problemas hormonais, na mulher.
Através das manobras da Massagem Tântrica a energia sexual(Kundalini) é levada à centros superiores da Consciência. Nesta técnica de Massagem, todo o corpo é tocado por inteiro (com uma sensibilização no lingam. O orgasmo focado nos genitais, não é o foco e nem intuito desta massagem, mas que voce conheça melhor seu corpo, experimentando o prazer em outros níveis, muitas vezes mais energético que físico.
Benefícios da Massagem Tântrica para o homem:
- Sensações de outros tipos de prazer, além do físico;
- Aumenta a Consciência Corporal;
- Aceitação do corpo;
- Trata os distúrbios relacionados à sexualidade (Impotência, Ejaculação precoce, Sexolatria, etc);
- Previne doenças da próstata;
- Aumento da flexibilidade física e mental;
- Disposição física, Motivação e Concentração;
- Previne e trata desequilíbrios emocionais, físicos, mentais e espirituais;
Benefícios da Massagem Tântrica Para Mulheres:
- Quebra de tabus relacionados ao corpo e sua sexualidade
- Equilibra o Sistema Hormonal;
- Reduz drasticamente as sensações incômodas da TPM;
- Auxilia em casos de depressão pós parto;
- Desperta amor próprio;
- Melhora a pele;
- Aceitação do corpo;
- Desbloqueia emoções, fazendo-a compreender que toda mulher é e dever ser tratada como Deusa.
Investimento: Consultar por telefone
Duração: 1 h e meia (aproxmadamente)
local de atendimento: Templo da Lua (mogi das cruzes- sp)
Obs: Este é um atendimento terapêutico e não existe nenhum tipo de relação sexual entre cliente e terapeuta.
Se voce busca uma Massagem com foco no lingam ou yoni, temos a Shiva lingam Massage e a Shakti Yoni Massage, mas ambas também trabalham o todo.
II-Shivalingam Massagem (Massagem Tântrica Masculina adiantada)
Massagem que inclui técnicas de origem Tântrica Hindu e Taoísta
Neste método não apenas as mãos são utilizadas, mas também outras partes do corpo, proporcionando sensações de muito conforto.
É sabido que o toque tem um grande poder de cura, e o mesmo quando é feito de forma suave e carinhosa na pele, desencadeia reações hormonais sobre a psique. As endorfinas trazem a sensação de felicidade, aumentam a capacidade de rendimento, elevam o prazer de viver e intensificam a percepção sensorial.
O método inclui Massagem em todo o corpo, com nas partes erógenas do corpo masculino e ênfase no lingan (pênis). O objetivo aqui não é que haja ejaculação (da forma convencional), mas que você aprenda a reter sua energia para alcançar níveis mais altos de Consciência. Uma vez que voce aprende a reter esta energia, a força e potencial sexual mudam gradativamente.
O êxtase simples e rápido que o homem está habituado a sentir quando ejacula externamente, é substituído por um êntase; um orgasmo interno que faz tremer todo o corpo, tamanha a eletricidade. Através deste orgasmo interno (também conhecido como orgasmo seco), você pode despertar todos os seus potencias criativos. Esse tratamento íntimo resulta na possibilidade de experiências bastante profundas.
Apesar da sensualidade da Massagem, em nossos atendimentos não existe envolvimento sexual entre terapeuta e cliente. A idéia é justamente que voce se sinta preenchido internamente de bem estar e plenitude, sem a necessidade de envolvimento sexual e voce vai perceber que é perfeitamente possível, pois existem milhões de formas de sentir prazer que apenas físico e que apenas genital.
“Você (ao longo de algumas sessões) aprende a utilizar a retenção orgástica no seu dia a dia e nas suas relações, o que, com certeza aumentará significativamente sua vontade de viver e capacidade de dar e receber prazer.”
BENEFÍCIOS
- Aumenta a disposição e apetite sexual;
- Alivia tensões e estresse;
- Desperta prazeres desconhecidos (não somente através dos toques, mas também do “orgasmo seco”);
- Modifica a anatomia do Lingam, aumentando sua flexibilidade;
- Aumento da longevidade (também através do “orgasmo seco”)
- Previne disfunção erétil;
- Trata desequilíbrios e disfunções sexuais (Impotência, Dificuldade de manutenção da ereção, Ejaculação Precoce etc);
- Êxtase físico e energético;
- Revela e trata traumas pessoais que podem estar impedindo sua capacidade
de sentir e dar prazer;
Tempo estimado de atendimento: 1 h e meia.
Investimento: CONSULTAR!
Terapeuta: Chandra Veeresha
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III-Ritual Tântrico Alquimia do Êxtase (Masculino)
Esta é, com toda certeza uma das experiências mais interessantes a ser experimentada nesta vida!
Utilizamos técnicas do Tantra Secreto (que só um iniciado conhece e pode executar) que tanto trabalham o corpo físico, levando a sexualidade para um novo grau, como também todo o campo energético.
Todo o corpo é massageado e estimulado quase que com reverência, podendo o homem experimentar (ou não) o famoso “orgasmo interior”, simplesmente com os toques da sacerdotisa, pelo corpo.
Num nível mais humano, voce percebe sua disposição física e sexual
significativamente aumentada, mas em nível energético e extrafísicos, o prazer vai muito além do que pode conceber a mente.
“O homem da sociedade ocidental desconhece seu corpo e associou o prazer puramente ao órgão sexual, mas o Ritual Tântrico tem como objetivo fazê-lo perceber que o corpo é um templo de prazeres e que o prazer genital, acredite, é uma pequeníssima parcela que se torna até sem graça, quando o mesmo reconhece o sagrado prazer cósmico e a bem aventurança”.
E no momento em que é percebida a dissociação que voce tem com o corpo, inicia-se um “Shakti-Puja” (o rito propriamente dito, onde a mulher é adorada como a encarnação da energia mãe manifestada). A maneira como é feito o rito,em detalhe, é um segredo a ser revelado à quem tiver a confiança e ousadia para vir experimentar.
O Ritual Tântrico Alquimia do Êxtase tem como objetivo fazer voce conectar-se com a sabedoria do seu próprio corpo (que abriga energias e potencialidades ocultas) abandonando assim o que é da mente (e que ela teimosamente atribui ao corpo). É preciso que haja verdadeira entrega e confiança para que os principais objetivos do ritual sejam alcançados.
O homem ocidental precisa aprender a deixar as coisas fluírem, sem a necessidade de estar a todo o tempo “no controle de tudo”, por isso meditar na divinização da Shakti (a mulher) se faz (também) necessário durante o rito. Em contrapartida, a Shakti (aqui representada pela sacerdotisa-terapeuta) medita na divinização de Shiva (homem), enquanto há a integração energética e cósmica Shiva-Shakti (homem/mulher).
Mas é importante esclarecer que não existe relação sexual durante e nem após o rito, embora haja uma troca energética e de carinho que equilibram a energia de sexualidade com a afetividade, com uma ativação responsável da energia Kundalini.
Trata-se de uma experiência única, capaz de mudar totalmente sua visão sobre a sexualidade, sobre a mulher e sobre o Tantra.
Em nosso apontamento, o corpo é utilizado como ferramenta para compreensões que estão além da mente individual e não, como veículo de pornografia disfarçada de espiritualidade. Aqui está um dos principais diferenciais deste Rito e de (alguns) outros existentes por aí que continuam “dando mais do mesmo” e alimentando o Ego.
O Ritual Tântrico “Alquimia do Êxtase” pode levá-lo a experiências inimagináveis, onde o Ego dissolve-se num Eterno Presente. Lembrando que cada experiência é única e cada sessão, repleta de novos mistérios, já que o corpo em si possui potencialidades que a prática tântrica desperta e desenvolve.
BENEFÍCIOS
- Prolongamento de ereção e potencial orgástico;
- Despertar da sensualidade;
- Êxtase físico e energético;
- Expressar da sua afetividade;
- Desbloqueio das emoções;
- Redirecionamento da energia sexual ao coração;
- Trata traumas e desequilíbrios relacionados à sexualidade;
- Bem estar físico, mental e espiritual;
- Aumenta a consciência corporal;
- Aceitação do seu corpo;
- Capacidade de colocar suas idéias em prática;
- A experiência de Êntase (uma espécie de orgasmo interno);
- Aumenta a eletricidade do corpo
- Traz consciência e aumenta a sensibilidade do corpo;
- Força de vontade na busca por seus objetivos (pessoais e profissionais);
- Aumento significativo da autoconfiança e abertura para sucesso na vida;
- Uma nova compreensão da vida e da mulher;
-A compreensão do papel do homem no universo;
Tempo estimado de atendimento: 2 hs
Investimento: CONSULTAR
Terapeutas: Chandra Veeresha
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IV- Liturgia Sagrada Tântrica (Atendimento Masculino- Inédito e Exclusivo)
O Top entre os Tops dos atendimentos tântricos!
Este é um atendimento absolutamente ousado e ao mesmo tempo, carinhoso e sensível, seguindo os apontamentos desta tradição maravilhosa que é o Tantra. De todos os atendimentos que realizo, este é o que inclui mais pitadas de sensualidade.
São utilizadas diversas técnicas tântricas neste atendimento, incluindo a Massagem Tântrica.
Para nós, não é um simples atendimento, mas uma liturgia. A idéia é que Shiva (representado pelo homem) e Shakti (representada pela mulher) transformem-no em uma oração.
A deusa (Shakti) conduz o deus (Shiva) numa “ritmização corporal” que envolve movimentos sensualmente delicados e um movimento “chave” (secreto) que permite a ativação e elevar responsável da Energia Kundalini (Energia Vital/ conhecida também como Energia Sexual). O ritmo vai ficando envolvente, enquanto os corpos brincam juntos.
Os ritmos variam conforme a sintonia espiritual da dupla (neste caso, terapeuta e cliente). Todos os sentidos são sutilmente aguçados, trazendo magia e um “ar de mistério” à esta Liturgia.
Conforme os corpos se soltam, as bênçãos acontecem. O equilíbrio entre sensualidade e doçura é a chave para o “fluir” deste atendimento ritualístico.
Ambos trocam determinadas respirações e sons que ora são envolventes, ora são relaxantes. Também há uma meditação tântrica específica em que os dois praticam juntos, mas este é somente mais um detalhe a ser revelado a quem tiver a coragem de se jogar neste experiência completamente inédita e deliciosamente sensual.
“O corpo real é, de fato, um universo de extraordinária complexidade, cuja vida secreta é totalmente desconhecida” (Van Lysebeth)
A sensibilidade do seu corpo é explorada de diversas formas, por meio das variadas técnicas apresentadas. O Lingam nesta liturgia é reverenciado com um Puja Lingam. É possível a experiência de orgasmo seco ou ejaculatório (dependendo do nível de bloqueio ou desbloqueio de cada cliente).
Alguns Efeitos e Benefícios:
- A percepção do que lhe dá prazer;
- Quebra de tabus e conceitos sobre o tantra, o sexo oposto e a sexualidade;
- Todos os benefícios da Massagem Tântrica e Shiva Lingam Massagem;
- Longevidade;
- Criatividade e Autoexpressão;
- Maior fluidez na vida;
- Plenitude e Estado de Graça;
- Consciência Corporal ampliada;
- O vivenciar dos 6 sentidos (olfato, paladar, tato, visão, audição e intuição);
- A possibilidade de ocorrer um “orgasmo seco” e/ou explosões de prazer simultâneas (dependendo de cada sensibilidade);
- Corpo mais solto, com mais liberdade e melhor flexibilidade física;
- Melhor controle da ejaculação (que voce também nota no seu dia-a-dia, disponibilizando mais prazer a uma eventual parceira);
- Liberação da agressividade;
- Fusão da dualidade em Unidade;
- Aumento da libido (que neste caso se refere também ao prazer de viver);
- Maior equilíbrio físico, mental e emocional;
- Despertar de novas formas de comunicação (não apenas verbal);
E muito mais.
Obs: Devido a uma porção de Terapeutas e Pseudo-Terapeutas sem criatividade, que ficam nos copiando, a descrição deste atendimento não se apresenta em sua ordem real, bem como, está incompleta. Portanto, somente recebendo este atendimento é que voce o conhecerá com profundidade.
É importante também salientar que o objetivo deste atendimento não é chegar ao ato sexual, mas a um ponto máximo de prazer e saciamneto em que voce percebe que o sexo se torna desnecessário.
Por ser um atendimento que envolve maior intimidade, recomendo que antes voce faça outro atendimento comigo, para que a sintonia e o envolvimento surjam naturalmente com o tempo.
Ligue-nos para saber mais:
(11) 3427-3659
Tempo estimado de atendimento: + de 2 hs.
Investimento: Consultar!
Terapeuta: Chandra Veeresha
ATENÇÃO!
Também realizo atendimentos tântricos femininos e para casais. Mas os atendimentos para casais são realizados em parceria com um terapeuta masculino Anand Milan. Voce pode saber mais sobre estes atendimentos em http://chandratantra.blogspot.com ou www.templodaluaterapias.com
Obrigada!
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